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Paula Neves revela sofrer desequilibro emocional e conta porque desistiu de ser mãe

Pedro Vendeira
5 min leitura

Paula Neves, 41 anos, abriu ontem o coração numa entrevista emotiva a Fátima Lopes, em Conta-me Como Éspara falar de temas delicados sobre a sua vida pessoal e onde revelou alguns dos seus segredos.

Um deles diz respeito à instabilidade emocional que tem, de vez em quando. Paula Neves confessa ser uma mulher doce, mas também amarga. «O meu marido leva com os dois lados, o doce e o bicho. Acho que sou querida para os outros, porque a maior parte das vezes eu escondo o bicho. Quando ele está cá fora, ou estou a tomar ansióliticos ou estou fechada em casa, porque não é um bicho sociável que possa estar com muita gente à volta, então protejo-me», conta a atriz, que tem este problema há vários anos.

«Assim que acordo percebo logo como me sinto, tomo um ansiólitico e fico afinadinha, é uma beleza», diz entre risos, mas de seguida volta a um tom sério: «Quando estou a trabalhar é mais difícil de controlar, não quero estar sempre a tomar compridos, tento calar-me mais e ele vai embora sozinho. Eu tenho uma bolha de manhã, em que estou calada e ele vai embora sozinha. Este bicho vem de um desequilibro emocional», admite, explicando a seguir porque nunca se tentou tratar.

«Sempre achei que fazia parte de mim e que é uma das minhas ferramentas enquanto atriz, um acesso a uma bagagem emocional que está muito disponível. Ir tratar um desequilíbrio emocional é um compromisso difícil e eu não me apetece ir ao fundo do poço ainda», conclui.

«Sempre tive namorado»

Na entrevista, a atriz confessa que é uma pessoa de afetos, muito namoradeira, mas com relações muito curtas. «Sempre tive namorado, sempre fui muito namoradeira, mas oito meses era o máximo de relação. Tive uma muito importante, na altura que o meu padrasto morreu, dos 16 aos 18. Mas esses dois anos mostraram-me que e aquela estabilidade não era para mim e que ia andar numa montanha russa», conta Paula, falando de seguida do marido, Ricardo.

«Quando encontrei o Ricardo, e a família dele, agarrei-me como uma lapa. Encontrei mesmo um companheiro. Alguém que me deixa ser quem eu sou e gosta. Nos momentos mais difíceis da vida é quando estamos mais unidos e próximos. Quando há coisas importantes na vida seja de alegria ou drama é aí que estamos mais unidos do que nunca. Não fazemos por isso, é assim naturalmente», admite, para falar de seguida de um tema que ainda a magoa hoje, a infertilidade.

«Entrámos no mundo da infertilidade, nenhum dos dois aguentou»

«Passar por uma situação de infertilidade é uma prova de fogo para um casal, seja lidar com o não ‘vamos ter filhos’ ou vamos ‘ver tudo o que o mundo da infertilidade tem para nos oferecer’. Nenhum destes passeios é fácil de dar. Cada um destes barcos é pores-te num dia de tempestade num sítio de ondas gigantes», conta.

Depois de algum tempo sem conseguirem ter filhos, Paula e Ricardo perceberam que se passava. «Fazia sentido termos filhos, há 10 anos começamos a tentar, era natural. Não vieram, começou a ser estranho não virem. Ficámos num limbo, de ser estranho ou de irmos procurar ajuda. Começamos a pensar na idade, até que fomos procurar e ver o que se passava. Entrámos no mundo da infertilidade, nenhum dos dois aguentou, e percebemos que não era para nós, nem para um nem para o outro. Saímos de lá. Sem filhos, juntos até ao fim», confessa a atriz.

«É um mundo de tal modo complicado que o desejo de ser mãe tem de estar mais alto do que o sofrimento que se vai encontrar ali. E, no nosso caso não estava», conclui.

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com