Desde a passada segunda-feira que a chamada telefónica de Marcelo Rebelo de Sousa para Cristina Ferreira, durante a sua estreia nas manhãs da SIC, fez correr muita tinta. Uma vez mais, durante a emissão de hoje do concorrente direto do matutino de Carnaxide, Marinho Pinto, Eurodeputado conhecido pelas suas afirmações controversas, abordou o tema e deixou várias críticas ao atual Presidente da República.
Para o antigo bastonário da Ordem dos Advogados, «a democracia portuguesa está gravemente doente», deixando também destaque ao atual comportamento da comunicação social, que lhe merece várias críticas. «Uma das pessoas que deveria ter um comportamento noutro sentido era o atual presidente da República e não, ele aproveita-se disto e induz este tipo de práticas, que são degenerativas da saúde democrática do nosso país», começa por apontar o jurista, que vai mais longe e apelida Marcelo de «telepresidente». «Este nosso “telepresidente”, nasceu e fez-se presidente, mas quer continuar como comentador que era antes de ser eleito».
Sobre a relação de proximidade que o antigo comentadora da TVI mantém como o povo português, Marinho Pinto é perentório ao exigir uma postura mais conservadora a um chefe de estado. «Eu estou cansado de um presidente com tantos afetos. Um presidente é para tomar decisões difíceis. (…) Temos lá um cata-vento. O professor Marcelo Rebelo de Sousa é um cata-vento.», disse.
Após o confronto de Manuel Luís Goucha sobre o peso das suas afirmações sobre Marcelo, o antigo bastonário brinca com a chamada que o presidente dirigiu a Cristina Ferreira. «Não lhe telefona. Fique tranquilo que ele não vai telefonar para cá, pelo menos quando eu cá estiver».
