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Nuno Santos está de luto e partilha emotivo texto: “Adeus, querida Mãe”

Vanessa Jesus
5 min leitura
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Nuno Santos está de luto! O Diretor da CNN Portugal revelou que a mãe faleceu esta segunda-feira, dia 14 de março, aos 90 anos.

Nuno Santos partilhou um longo texto de homenagem à mãe que partiu esta segunda-feira. O diretor da CNN Portugal revelou que a progenitora faleceu no lar onde se encontrava “sem aviso e sem dor”.

“A minha mãe, partiu, sem aviso, serena e sem dor: ‘parecia um passarinho, disseram no lar que foi a sua casa nos últimos 5 anos. Partiu em sossego, mas deixa-nos um vazio que não conseguiremos preencher”, escreveu.

“Temos o dever de tentar porque as famílias se renovam, chegam crianças, os que eram pequenos ensaiam comportamentos de adolescente e adulto e, na implacável marcha da vida, tudo segue e tudo se transforma. Há uma semana vim visitá-la com os netos mais novos. Os netos em geral enchiam-lhe o dia e os mais novos um pouco mais porque lhes detectava, no comportamento, semelhanças com outras infâncias que o tempo tinha esbatido”, acrescentou Nuno Santos.

“‘Esta tua filha é a tua cara’, disse referindo-se exageradamente à Francisca que, na verdade, se parece imenso com ela em fotos amarelecidas com quase um século. Que a Francisca tenha a mesma alma grande. A mesma nobreza de carácter, a mesma capacidade de partilhar com os outros, a mesma inteligência emocional e a mesma resistência”, adiantou ainda Nuno Santos.

“90 anos representam uma vida longa. Uma vida cheia e bem vivida. Despeço-me com gratidão e com o Amor de sempre. Adeus, querida Mãe”, rematou Nuno Santos.

Texto na íntegra: 

ADEUS, QUERIDA MÃE. Gostava de acordar amanhã cedo e que ela me pegasse ao colo para irmos de Fontanelas à Praia das Maçãs onde o meu pai já madrugara com a minha irmã. Ou, sendo Páscoa, irmos num fim de semana alargado a São Pedro (de Sintra) daqueles com feira, café de cafeteira em casa da minha tia, intermináveis almoços “na adega” e brincadeiras no quintal da casa dos meus primos que parecia muito grande ao pé da nossa, onde podia até não haver espaço mas nunca faltava gente.

Gostava, como pano de fundo desse tempo que não volta, de ouvir o seu sorriso rasgado que alternava, de quando em vez, com um sofrimento contido. A vida foi-lhe sempre dura, sempre de luta e trabalho, de dias sem fim ainda que nunca nos tenha faltado – aos filhos, aos netos, a todos os que dela precisaram.

O que mais admirei na minha mãe foi o seu amor pelo meu pai. Uma história linda, terna e inspiradora do primeiro ao último dia. Quando ele morreu, assim de de uma forma totalmente inesperada, um pouco dela morreu também.

A minha mãe, partiu, sem aviso, serena e sem dor: “parecia um passarinho, disseram no lar que foi a sua casa nos últimos 5 anos.
Partiu em sossego, mas deixa-nos um vazio que não conseguiremos preencher. Temos o dever de tentar porque as famílias se renovam, chegam crianças, os que eram pequenos ensaiam comportamentos de adolescente e adulto e, na implacável marcha da vida, tudo segue e tudo se transforma

Há uma semana vim visitá-la com os netos mais novos. Os netos em geral enchiam-lhe o dia e os mais novos um pouco mais porque lhes detectava, no comportamento, semelhanças com outras infâncias que o tempo tinha esbatido.

“Esta tua filha é a tua cara”, disse referindo-se exageradamente à Francisca que, na verdade, se parece imenso com ela em fotos amarelecidas com quase um século.

Que a Francisca tenha a mesma alma grande. A mesma nobreza de carácter, a mesma capacidade de partilhar com os outros, a mesma inteligência emocional e a mesma resistência.

90 anos representam uma vida longa. Uma vida cheia e bem vivida.
Despeço-me com gratidão e com o Amor de sempre.

Adeus, querida Mãe

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