Belmonte teve ontem a sua estreia na TVI e já suscita alguma curiosidade por parte do telespectador. Quem assistiu à novela, teve a oportunidade de reparar nos chamados «congelamentos», uma novidade na ficção portuguesa. E, perante as dúvidas do público, o A Televisão contactou Artur Ribeiro, guionista, para perceber melhor a forma como está a ser realizada a nova trama da estação de Queluz.
Em declarações exclusivas ao nosso site, Artur Ribeiro falou sobre as técnicas de realização que estão a ser utilizadas em Belmonte. Começou então por explicar a questão dos «ganchos». «Os ganchos, em termos narrativos, é o que acho que é (e deverá ser sempre) o mais que normal para um episódio de uma série ou novela. E assim será sempre nos nossos guiões e episódios, com a TVI a respeitar na emissão os episódios pelo guião – uma decisão que me foi transmitida e prometida e que saúdo, pois nem deveria ser feito de outra maneira. Em mais lado nenhum do mundo isso acontece: o não se respeitar na emissão os episódios como são escritos, realizados e montados». Dito isto, o autor afirmou que a TVI pretende inovar com a adaptação de Hijos del Monte: «Por isso, também neste sentido, Belmonte será uma telenovela que inova, pelo menos na grelha da TVI, por fazer aquilo que deve ser feito e é feito em todo o resto do mundo na ficção».
Por último, o guionista, que esta semana deu uma entrevista ao nosso site (confira), comentou os «congelamentos» na trama: «Relativamente aos efeitos e congelamentos no final do episódio, é uma «assinatura» da realização que reforça a intenção de ter episódios coesos, estruturalmente pensados como uma unidade narrativa e com um final marcante».
Ficam assim desfeitas as dúvidas sobre alguns aspetos técnicos da novela. Hoje, depois do Jornal das 8, é transmitido o segundo episódio de Belmonte.
