Noélia Pereira, a ex-concorrente do ‘Big Brother’ viu os terrenos do seu pai serem consumidos pelas chamas. O prejuízo das alfarrobeiras queimadas pode rondar os 20 mil euros.
Noélia Pereira, a ex-concorrente do ‘Big Brother’, da TVI, viu os terrenos do seu pai serem consumidos pelas chamas. Com um prejuízo que pode rondar os 20 mil euros, a empresária tece duras críticas aos chefes das corporações de bombeiros.
Há um ano e meio, e a poucos dias de entrar para o ‘Big Brother 2020’, Noélia Pereira perdeu o pai. Agora viu arder uma série de terrenos que este lhe havia deixado na serra, a 10 quilómetros de Tavira, onde vive. A empresária foi uma das centenas de pessoas afetadas com os incêndios que aconteceram nos últimos dias no Sul do País.
“São terrenos que já eram do meu pai. Onde ele trabalhou muito. Um bocado de terra aqui, outro bocado ali. Tinham muitas árvores de sequeiro, como oliveiras, alfarrobeiras, que não precisam de tanta água ou manutenção. Existem casas e armazéns muito perto, mas felizmente o fogo não chegou até lá. E ainda há muita zona que pode vir a arder. Ardeu muita coisa. Foi uma verdadeira calamidade. Especialmente as áreas agrícolas foram muito afetadas“, conta Noélia Pereira à Tv Mais.
A empresária, tal como muitos outros, perdeu milhares em receitas: “A alfarroba é um fruto muito caro [o valor triplicou nos últimos anos, com cada saca a valer cerca de 60 euros no mercado]. Daqui a uns tempos, eu iria ganhar algum bom dinheiro. Não sei ao certo o valor. Mas houve anos em que chegámos a fazer cerca de 20 mil euros com a alfarroba. Perdi tudo, muito dinheiro. Agora ainda vou ter de fazer um balanço do prejuízo e reportar ao Ministério da Agricultura para ver se tenho algum apoio. Sei que perdi, no mínimo e para já, uns três mil euros“.
Para além das duas mercearias de que é proprietária e da venda nos mercados, é na produção de alfarroba que Noélia Pereira angaria um avultado valor. “Todas as alfarrobas que vendo são faturadas. Faço tudo de forma legal. Por isso, o Estado também está a ganhar com isso“, afirma.
Na noite em que os seus terrenos ficaram consumidos pelas chamadas, Noélia Pereira foi impedida de ir até ao local, mas através da sua casa previu o que estava a acontecer. “Da minha varanda conseguia ver o fogo às 2h da manhã. Por volta das 3h saí para ir para a praça e as saídas para a serra estavam todas cortadas pela GNR. Não era possível ir lá. Mas imaginei o que ia acontecer“, conta.
“É preciso agir mais rápido”
A ex-concorrente do ‘Big Brother‘, da TVI, critica a falta de rapidez na ação por parte de algumas corporações de bombeiros. “Houve bombeiros, com tudo a arder, que não puderam fazer nada porque não tinham autorização. Ao que parece, é preciso haver uma autorização de algum chefe máximo. E os tanques de água até estavam cheios“, lamenta Noélia Pereira.
E remata: “Até sei o caso de um bombeiro que não esperou pela ordem e começou a apagar o fogo. Quem manda trabalha mal! Todos os anos o Algarve é muito afetado. Isto tem de mudar! É preciso agir mais rápido. As corporações não podem estar à espera de autorizações. Têm de fazer logo alguma coisa, claro, desde que não fiquem com a vida em risco.”
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