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Miguel Guerreiro em lágrimas ao recordar ‘Uma Canção Para Ti’: “Não consigo esquecer os momentos que vivi”

Vanessa Jesus
4 min leitura
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Miguel Guerreiro foi convidado de Manuel Luís Goucha esta quarta-feira, dia 11 de maio, do programa ‘Goucha’. O convidado recordou a sua participação no programa ‘Uma Canção para Ti’ e fez um balanço da sua carreira até ao momento.

Miguel Guerreiro começou por rever algumas imagens da sua participação no programa ‘Uma Canção para Ti’, formato do qual foi o grande vencedor na primeira edição. O jovem ficou em lágrimas e justificou a razão da emoção a Manuel Luís Goucha. 

“São memórias. Ao ver aquilo não consigo esquecer os momentos que vivi naquele programa. No Natal os meus pais querem sempre ver”, começou por dizer, referindo que chora sempre que vê.

O convidado confessou que nunca pensou em cantar e fazia por brincadeira. “Através do meu primo, cantava em casa dele, em casa era só berrar”, acrescentou, entre risos. Foi esse mesmo primo que o inscreveu no programa da TVI, deixando o pai visivelmente surpreendido e chateado.

Como Miguel Guerreiro queria participar, o progenitor lá aceitou desconfiado com o filho visto que, nem ele nem a mulher, o tinham ouvido a cantar a sério até aquele momento.

“Foi difícil por causa das viagens. Uma criança passar tanto tempo à espera de uma oportunidade de seguir um sonho. Depois dos castings descobri esse sonho, de cantar”, recordou, salientando que fazia viagens constantes entre Setúbal e Lisboa.

O cantor afirmou que com 10 anos não tinha noção da responsabilidade do programa e levava como uma brincadeira. “Não estava nem aí. Via crianças a aquecer a voz e eu para a minha mãe ‘o que e isto?’. Eu não tinha aulas de canto. Mas, foi a melhor experiência da minha vida”, realçou.

Quanto aos pais, ficaram logo rendidos na primeira gala com a voz do filho. Depois de ter vencido o programa, foi convidado para participar nos ‘Morangos com Açúcar’, no qual dava vida ao neto de Nicolau Breyner, algo que o marcou.

Pouco tempo depois, ainda adolescente, foi para o Japão, após ter sido o vencedor do casting para um anúncio publicitário de um ambientador. “Como gostaram muito da minha voz prepuserem-me lançar um disco. Lancei logo 3″, contou.

O sucesso foi imediato e começou em digressão, onde chegou a atuar para 150 mil pessoas ao mesmo tempo. Lamenta que em Portugal a receção hoje não seja igual.

“Não é bem mágoa. Compreendo que agora as coisas estejam diferentes. Liga-se mais aos seguidores que a arte que fazemos. Não é preciso ter milhares de seguidores para vingarmos. É um bocado injusto“, afirmou, confessando que lidou mal na altura com o facto dos portugueses já não lhe darem tanto valor.

Miguel Guerreiro confessou que pensou em voltar ao Japão e desistir de viver em Portugal. Contudo, está a trabalhar em temas cá e garante ser a mesma pessoa: humilde e que não se deixou deslumbrar pela fama.

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