Merche Romero falou sobre a relação abusiva que viveu durante a pandemia.
Esta quinta-feira, dia 23 de fevereiro, Merche Romero esteve no programa ‘Dois às 10’, para recordar a relação abusiva que sofreu, durante a pandemia. O objetivo é sensibilizar, em conjunto com as autoridades, contra a violência no namoro.
“Foi numa altura em que estávamos todos em casa, na altura da Covid-19, portanto a pior fase foi essa. E aí vamos descobrindo certas coisas que achávamos que eram normais e de repente passam a ser anormais”, começou por dizer.
“O medo é que nos castra, é que faz com que a gente não fale. Temos que acreditar que temos ajuda. No momento em que saí de casa ia com a roupa que tinha no corpo, fugi para um descampado pensar, queria era pensar, estar sozinha”, explicou a comentadora.
Tudo culminou numa noite em que os vizinhos ouviram barulho e gritos e acabaram por chamar a polícia. “Não fui eu que chamei a polícia na altura, foram os vizinhos, e eles [os polícias] foram à minha procura”, recordou.
“Ele não me agrediu fisicamente, foi tudo psicológico. Não me deixava sair de casa e eu interpretei isso como uma prisão. E o ‘eu quero-me ir embora’ é preciso ter muita coragem”, completou. Merche Romero teve medo de falar com as autoridades, mas depois percebeu que era o caminho certo a fazer.
O assunto está resolvido e a pessoa em questão está impedida de se aproximar de Merche Romero, conforme a própria notou, no entanto, esta assume que continua sem se sentir totalmente em segurança fora de casa. “O que é que acho que faz com que as pessoas continuem com medo: é saber que quando tomam a iniciativa de sair de casa essa pessoa pode estar por perto e nós não sabemos”, disse.
“Eu sinto-me, ainda hoje, perseguida, é importante que saibam isto. Sinto-me vigiada, sinto que [o abusador] encarna outras pessoas e que através das redes chega a mim e isso é assustador. Eu é que não permito isso já, encontrei o equilíbrio“, realçou.
Veja aqui o momento.
