Marcelo Rebelo de Sousa recebeu esta segunda-feira, 4 de maio, os responsáveis de alguns dos principais grupos de media em Belém. Luís Cabral, CEO da Media Capital, foi um dos ouvidos e acabou por revelar que a produtora Plural está em lay-off.
O responsável do grupo dono da TVI e da Rádio Comercial sublinhou que o apoio de 15 milhões de euros em publicidade institucional, que será distribuído pelo governo, será “muito bem-vindo”, embora não equilibre a balança das perdas registadas no setor por causa da pandemia da COVID19.
“À data só tenho um lay-off na produtora Plural, porque tenho uma verdadeira paragem de atividade. As produções das novelas, à semelhança de todas as produtoras de ficção estamos todos parados“, conta o CEO do grupo à saída da reunião com o Presidente da República e antigo comentador da TVI.
Apesar da verba ainda não ter sido entregue aos grupos de media, Luís Cunha Velho acredita que chegará rapidamente. “Tudo isto para todos nós ainda é uma incerteza, o que vai ser o mês de maio, junho, se haverá ou não uma segunda vaga da pandemia, por isso, qualquer estimativa exacta numérica“, sublinha.
“Todos nós temos de ir fazendo navegação à vista, não há bolas de cristal que nos possam dizer o que vai ser o mês de maio, o de junho, se vai ou não haver segunda vaga ou não da pandemia. O temos de fazer é um controlo muito grande de custos, uma gestão muito equilibrada e racional que como gestores temos de fazer nesta altura do campeonato. Sendo que tenho um negócio que não pode parar. A comunicação social não pode parar, tem de continuar, as rádios e as televisões a emitir e falo-e-mos”, atira ainda.
Já sobre o falhanço do negócio entre a Media Capital e a Cofina e a entrada de Mário Ferreira, da Douro Azul, no capital da empresa, Luís Cunha Velho escusa-se a comentar, garantindo que a sua preocupação é com a gestão do grupo e não com a mudança da estrutura acionista.
