Nos últimos dias surgiram na imprensa espanhola várias notícias que davam como certa a intenção da Prisa de alienar a sua participação na Media Capital, grupo de media detentor da TVI no nosso país. Contudo, a empresa veio entretanto desmentir tal intenção.
Rosa Cullell assegurou ao CM que «a Prisa já comentou que a Media Capital não está à venda. Dá rendimento e está a fazer bem». Efetivamente a administradora da Media Capital diz que esta «tem, neste momento, uma estrutura financeira sólida» e, portanto, «estou consciente que o acionista está contente, que gosta do trabalho que estamos a fazer. E está a apoiar-nos».
Apesar disso, Rosa Cullell admite que tem «ouvido muitos rumores», mas que «para já não há perigo de venda». «A realidade é que falo com o meu presidente [Juan Luis Cebrián] e ele fala muito da Media Capital e não está a vender», concluiu.
Claro que vai ser vendida. Aliás, no ano passado a Prisa teve prejuízo, tal como em anos anteriores. Obviamente que, precisando de cash e tendo um activo que gera cash flows, é líder e, ainda assim, não gera lucros tão expressivos quanto isso (basta comparar os relatórios de contas da RTP, Impresa e Media Capital em 2013), irá vender a empresa que comprou para fazer um favor ao preso 44 e amenizar prejuízos da empresa-mãe.
Aliás, o regresso de Moniz nem sequer tem nada a ver com isto. Nada. É apenas uma coincidência.