Mariza foi entrevistada este sábado por Manuel Luís Goucha, no programa ‘Conta-me’ da TVI. A fadista recordou o preconceito de que foi alvo, a gravidez difícil e o divórcio.
Crescimento com preconceito
Filha de mãe negra, Mariza salientou que foi alvo de preconceito. “Quer queiram quer não, eu sou mestiça, mas o tom de pele não faz as pessoas”, defendeu.
“Os meus pais perderam tudo. Nunca passei umas férias com os meus pais. Os meus pais trabalhavam de sol a sol e eu ajudava”, recordou. Quando começou a ter uma vida confortável, decidiu dar aos progenitores tudo que eles nunca tiveram. Mas a sua carreira na música nem sempre foi fácil. A fadista realçou que quase chegou a pagar para cantar.
Os problemas de saúde do filho de Mariza
Mariza teve uma gravidez muito complicada e acabou por ser internada mesmo antes do pequeno Martim nascer. “Não vou dizer que foi um processo fácil“, disse, recordando que o menino teve que ser operado ao coração.
“Acordava de duas em duas horas e ia com um espelho ver se ele estava a respirar”, contou ainda. Mariza decidiu tirar a botija de oxigénio do filho quando este tinha quase um ano, sem autorização do médico.
O divórcio
“Estava extremamente perdida porque eu venho de uma educação africana onde os divórcios não existem, mas eu achava que não fazia sentido continuar com numa relação onde não as pessoas, não é que não se gostassem, mas que tinha ambições e sentidos de vida opostos“, disse.
“Uma separação é sempre dolorosa e custosa, e nós mulheres perguntamo-nos sempre onde é que errámos, como é que errámos”, continuou, recordando que foi alvo de criticas pela família porque foi a primeira pessoa a divorciar-se.
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