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Marido de ‘Pipoca’ passa-se com a polícia às 13:08 horas: “Incompetente”

Duarte Costa
5 min leitura
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Ricardo Martins Pereira, marido da ‘Pipoca Mais Doce’, envolveu-se numa troca de palavras com um agente da autoridade. O caso deu-se este domingo, 8 minutos depois da hora estipulada para o recolher obrigatório.

Segundo ele, tinha almoçado com o irmão e, antes de se colocar em confinamento, deu um passeio com os cães. Surgiu um carro da polícia e um dos agentes lançou-lhes um sério aviso através do altifalante. “Já passa das 13 horas, os senhores têm de recolher imediatamente às vossas habitações. Estão em incumprimento com a lei“, atirou.

Surpreendido, Ricardo contestou. Envolveu-se, então, numa discussão com o agente de autoridade. “Um agente de autoridade incompetente, autoritário e que acredita que a melhor forma de convencer um cidadão a acatar uma ordem, mesmo que essa ordem não esteja de acordo com a lei, é através de ameaças“, lamentou.

Leia aqui a história do marido de Pipoca:

Este fim de semana senti na pele o que é ter pela frente um agente de autoridade incompetente, autoritário e que acredita que a melhor forma de convencer um cidadão a acatar uma ordem, mesmo que essa ordem não esteja de acordo com a lei, é através de ameaças e da imposição de um poder que só devia servir para lhe aumentar as responsabilidades.

Estive, como tanta gente, a almoçar no sábado até perto das 12h45 num restaurante. Estava com o meu irmão, e com os dois cães dele. Terminado o almoço, e antes de irmos confinar, resolvemos ir tratar logo do passeio dos cães, algo previsto na lei como exceção aceitável ao confinamento.

Passavam 8 minutos das 13 horas quando um carro da polícia passou por nós. Através de um altifalante, um dos agentes disse-nos, em tom agressivo e de ameaça:

— Já passa das 13 horas, os senhores têm de recolher imediatamente às vossas habitações. Estão em incumprimento com a lei.

Aproximei-me do carro, o agente abriu o vidro, e eu disse:

— Não. Estamos a passear os cães, algo previsto nas exceções à lei.

O agente exaltou-se. Alguém ousou contrariar uma ordem sua.

— Não ouviu o que lhe disse? Já passa das 13 horas, tem de recolher imediatamente à sua casa.
Voltei a insistir.

— Lamento, não estamos a incumprir em nada com o que está na lei. Está prevista uma exceção para o passeio de animais domésticos, e é isso que estamos a fazer. Quando terminarmos o passeio iremos para casa.

O PSP saiu do carro, cada vez mais exaltado.

— Não é isso que diz a lei! Os senhores por acaso moram aqui? O que a lei diz é que os passeios com os animais são na zona de residência. Onde é que os senhores moram? — disse, nervoso.

— Está enganado. A lei não fala em área da residência. Isso não está escrito em lado nenhum — respondi eu.

— Está a dizer-me que não sei o que diz a lei? — contestou ele.

— Se me diz que a lei fala em área de residência, então sim, estou a dizer que não sabe o que diz a lei. Mas se tem assim tanta a certeza, mostre-me a lei que fala em área de residência.

— Por acaso, não a tenho aqui. Mas olhe, o senhor está é a arriscar que lhe passe uma multa de 400 euros, e vai ver como é.

— Não. O senhor não tem qualquer fundamento para me passar uma multa de 400 euros, porque eu não estou a incumprir com nada do que diz a lei, por isso, mesmo que me queira multar, claro que irei contestar a multa.

O agente estava quase a espumar pela boca.

— Olhe, a sua sorte sabe qual é? É que eu quero ir almoçar. Já passa da uma e eu quero ir almoçar, não estou para me chatear. É a sua sorte. Vá passear à vontade, e pode ser que apanhe para aí COVID — terminou ele.

Meteu-se no carro e foi-se embora, fulo.

Moral: o agente da PSP não quis cumprir o que ele achava que era uma violação da lei porque tinha de ir almoçar e não estava para se chatear.

E eu continuei a passear os cães. Depois fui para casa confinar.”

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