Maria Botelho Moniz ficou viúva quando tinha 29 anos e necessitou de ajuda psicológica.
Foi há sete anos que Maria Botelho Moniz recebeu uma chamada que lhe mudou a vida. Salvador Quintela, o homem de quem estava noiva e com o qual namorou durante cerca de uma década, tinha morrido na sequência de um acidente de mota. A partir dali, tornou-se numa outra pessoa.
“Foram 10 anos de vida em comum, éramos namorados e os melhores amigos. Tínhamos falado em casar dali a seis meses e tudo acabou da pior forma, com um telefonema a meio da noite a comunicar-me a morte dele“, recordou em entrevista à revista Activa.
“Não dá para passar por cima. O dia 20 de março de 2014 estará para sempre cravado e gravado em mim e na minha vida. Ninguém continua a mesma pessoa depois de um golpe daqueles“, admitiu.
“É claro que a essência se mantém, os valores que me passaram, o compasso moral é o mesmo, mas vivo uma despedida de maneira diferente, dou valor ao tempo de uma maneira diferente. Há coisas que não são as mesmas desde então. Naquele momento, senti fisicamente a minha alma a morrer“, confessou ainda Maria Botelho Moniz.
Duas semanas depois da morte do companheiro, Maria refugiou-se no trabalho. Ainda assim, a mãe sentiu que a filha estava longe do seu estado normal e obrigou-a a recorrer a ajuda psicológica.
“Eu, que sempre fui tão ativa e alegre, de gargalhada alta, de repente estava reduzida a cacos. À minha mãe pareceu óbvio que eu tinha de me sentar com alguém“, contou.
“Eu não queria falar com alguém que não conhecia, achava que não me iam perceber… Mas depois foi maravilhoso. Acho mesmo que foi essencial para que tudo ficasse bem feito, para depois avançar com a minha vida“, acrescentou ainda a atual apresentadora do programa ‘Dois às 10’, da TVI.
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