Maria Botelho Moniz foi a convidada do programa ‘Conta-me’ deste sábado, apresentado por Cristina Ferreira. O programa conquistou os portugueses e foi líder de audiências.
Este domingo, 20 de dezembro, a comunicadora recorreu à sua conta de Instagram para agradecer o carinho dos fãs. “Obrigada. Estou a ser invadida por uma onda linda de amor e prometo responder a cada mensagem que recebi. Bom Domingo!”, disse Maria Botelho Moniz.
Ora veja:
Apresentadora começou por recordar namorado que morreu num acidente
A apresentadora começou por recordar que o namorado que morreu num acidente de viação. “Tu negaste a entrada de outras pessoa durante muito tempo?”, questiona Cristina Ferreira. “Isso para mim nem era hipótese. Porque para mim, esse capítulo eu já tinha feito. Não sentia que fosse possível. A certa altura sentia que nem sequer merecia”, começa por responder.
“Não achei que era justo eu voltar a ter isso. Na minha cabeça sempre achei que para entrar alguém tinha que ser alguém que aceitasse isso. Que aceitasse que se calhar não estaria comigo, se a minha história corresse de maneira diferente, e teria que aceitar que há uma gavetinha do meu coração que será sempre de outra pessoa. E eu sei que não é qualquer pessoa que lida bem com isso. E portanto achei que não era para mim. Para mim era só trabalho. E depois a vida surpreende-te e não é nada fácil”, acrescenta Maria Botelho Moniz.
“É difícil de aceitar que alguém goste de ti, com estes bocadinhos todos colados… Pois, mas eu se calhar gosto, e se ele vai embora? Se lhe acontece alguma coisa? Eu sei o que é dizerem-te que nunca mais vais ver o amor da tua vida. Apaixonares-te outra vez e pensares, e se um dia o telefone toca e vão dizer-te o mesmo outra vez? Eu não sei se tenho força para isso”, explicou ainda, falando mais tarde do novo namorado.
“Eu sei que ele me foi enviado. Eu acredito que as pessoas nos são enviadas. Há amigos que eu fiz depois da morte do Salvador que eu sei que foi ele que mos enviou. Eu sei que este amor me foi enviado. Eu pedi muito”, diz Maria Botelho Moniz.
Apresentadora recorda morte do pai
Maria Botelho Moniz falou também sobre o pai, que faleceu há dois anos de forma repentina. “Sei que ele iria vibrar. Ia querer saber cada detalhe. Ia querer saber tudo. Era muito orgulhoso de cada pedacinho das nossas conquistas. Tenho muita pena de não poder pegar no telefone para lhe ligar”, conta.
A apresentadora do novo programas das manhãs da TVI, confessa que, assim que soube que ia apresentar o ‘Dois às 10’, saiu do gabinete de Cristina Ferreira e olhou para cima. “Olho sempre”, diz, em lágrimas. “Sempre que me é dada uma boa ou má noticia. Olho para ele. Dedico-lhe muita coisa. O primeiro programa que fizer ao lado do Cláudio será para ele.”
“Não há ninguém que substitua um pai, uma mãe, um irmão. É impossível de preencher. Faz-me muita falta, nas coisas pequenas. Às vezes ainda tenho o instinto de lhe ligar. As pessoas que me são muito próximas não consigo. Não sou capaz de o ver em vídeo, de ouvir a voz dele. Ver essas pessoas em vida é muito pesado”, explica.
A morte do ex-namorado
Outro dos marcos da vida da Maria Botelho Moniz foi a morte do ex-namorado, Salvador. “Nunca mais me despedi de ninguém da mesma forma. Sei que há uma possibilidade, ainda que pequena, de hoje saíres daquela porta e nunca mais te ver”, conta.
“É um choque de realidade com o qual vais ser confrontada. Tens de pensar em quem queres ser. Ser a pessoa amargurada ou ser um raio de luz, que traz sorrisos, bondade e verdade”, acrescenta.
Maria sofreu este duro golpe na vida, quando tinha 29 anos. “Sei que estive um ano e meio a viver no meio de um nevoeiro, quase não sentia os pés no chão, andava a flutuar. Deixei de ser quem era. Tive 10 anos um ombro onde me encostar. Tiram-me o meu apoio, a pessoa com quem planeava estar o resto da vida. Tinha o casamento marcado para dali a seis meses”, recorda.
“Um dia que eu seja mãe, os meus filhos não vão ser quem eu imaginei. Tinha tudo planeado. Tiram-me o presente e o futuro. A única coisa que sabes é que ficaste, só isso. Estou aqui, e agora, estou onde? A minha mãe teve de me dar colo outra vez como se eu fosse um bebé. Esteve a viver comigo 3 meses. Queria-me tirar desta casa, vivia aqui com ele. Não quis sair daqui. No dia em que entrou disse: vou-me embora no dia em que me mandares embora. Tens que criar outros sonho, acreditar que é possível. É possível rir outra vez. A primeira gargalhada que dei foi um sentimento de culpa.”
A sua relação com a família de Salvador
Apesar de já terem passado sete anos desde a morte do ex-namorado, Maria Botelho Moniz continua a manter contacto com a família de Salvador, que considera sua família também. “No início foi muito intenso. São e serão sempre família para mim. A mãe dele será sempre a minha sogra. Mas a partir de um momento precisei de respirar e do meu espaço.”
“Mantenho contacto, ligo à minha sogra todos os meses. Para falar dela. Falamos pouco dele. Tento que seja sempre uma memória feliz. É uma mãe que eu tive durante 10 anos”, afirma.
“Lembro-me dele todos os dias. Foi muito tempo, muito amor. Acho que tens que te lembrar das pessoas, pensar nelas, acredito que eles os dois estão aqui sentados.”
Os próximos convidados do programa ‘Conta-me’ são Manuel Luís Goucha e Cláudio Ramos.
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