Margarida Rebelo Pinto recorda AVC: “Vi a morte à minha frente”

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Margarida Rebelo Pinto foi a convidada, deste sábado, de Fátima Lopes, do programa ‘Conta-me Como És’, da TVI. A escritora abriu o seu coração e falou sobre o seu gosto pela escrita, sobre os problemas de saúde e a relação com o seu filho.

“Sempre gostei muito de ler. Tive muita sorte porque os meus pais sempre incentivaram muito a leitura. Eu gostava tanto de livros que, uma vez, encontrei livros antigos dos anos 40, livros infantis que eram do meu pai. Estavam rasgados e eu recuperei-os, colei-os para poder ler”, começou por contar a escritora.

Durante a conversa, Margarida 0desabafou sobre o facto de ter uma deficiência cardíaca e a forma como essa condição a afetou. “Tive de me adaptar. Eu era criança e tinha muitas limitações, não podia fazer muitas coisas. Aprendi a viver no futuro, a viver um tempo que ainda não tinha chegado. Eu planeava aquilo que iria poder fazer quando melhorasse. Queria correr, aprender a nadar… Vivia num tempo paralelo. Queria viajar aos 16 anos, ser independente aos 18 e morar sozinha antes dos 25”, contou.

A escritora que lançou o seu 1º livro em 1998, chamado ‘Sei Lá’, admitiu que nessa fase, atravessava um período muito complicado. Tinha-se separado do ex-marido e vivia sozinha com o seu filho Lourenço, de apenas três anos na altura. E o livro foi uma forma de a “puxar para cima”.

Apesar de todas as dificuldades de saúde, Margarida Rebelo Pinto considera-se uma mulher de sorte e garante que, mesmo quando em 2007, sofreu um AVC, nunca desistiu. “Tenho uma relação muito fácil com a morte, não me faz confusão, talvez porque tenha visto a morte à minha frente, estive três dias nos cuidados intensivos quando tive o AVC”, recordou.

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