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Marco Costa recorda: “Senti que ou estudava ou ganhava dinheiro”

Vanessa Jesus
3 min leitura
Reprodução Instagram

Marco Costa esteve à conversa com Fátima Lopes, este sábado, no programa ‘Conta-me Como És’, da TVI. O ex-concorrente da ‘Casa dos Segredos’ falou sobre alguns momentos marcantes da sua vida, sobretudo da infância passada com algumas dificuldades.

“A minha mãe era cabeleireira, tomava conta de crianças, vendia plantas, à noite trabalhava numa fábrica de sanduíches. Quando ouço falar em mãe guerreira o sinónimo é Esperança Oliveira. Desde pequeno que aprendi a viver com o pouco que temos. Às vezes não precisas de mais para seres feliz. A minha mãe fez esse trabalho muito bem”, começou por dizer.

“Hoje em dia tenho um bom carro mas o primeiro que tive foi um Fiat Punto que me custou cem euros, todo podre. Chovia no carro, tivemos de comprar uma placa. Às vezes perguntam-me se tenho medo de cair. Medo de cair porquê se de onde eu vim já era feliz?”, acrescentou.

Começou a aprender pastelaria cedo para ajudar o pai e confessa que não foi amor à primeira vista. “Comecei a trabalhar aos 12 anos na fábrica com o meu pai, fazia aquelas coisas que um miúdo pode fazer. Trabalhava de noite e estudava de dia. Aos 15 deixei a escola e fui trabalhar como ajudante de pasteleiro. Senti que ou estudava ou ganhava dinheiro. E tirar dinheiro onde faz falta”, disse.

Marco Costa afirmou ainda que não me arrependeu desta decisão. “Não podemos ser todos doutores, apresentadores, mas em todas as profissões podemos ser bons”, afirmou. O progenitor faleceu quando ele tinha 18 anos.

“Quando o meu pai morreu não me deixou nada que eu pudesse tocar, mas deixou-me tudo, deixou-me a minha profissão. Tenho a mágoa de não poder partilhar com ele as coisas que tenho. Sei que onde ele estiver pensa: ‘Fui um chato, mas és um grande homem’. Fui um filho difícil, com esforço os meus pais fizeram um grande trabalho”, salientou.

“Acordo todos os dias às quatro da manhã, muitas vezes com um frio de rachar, e penso: Hoje é mais um dia, não vai faltar nada a esta família. Tudo o que puder proporcionar, vou proporcionar. No que eu puder fazer, não vai falhar nada”, rematou.