Manuela Bravo, vencedora do Festival RTP da Canção, em 1979, com o tema “Sobe, Sobe, Balão Sobe”, foi uma das convidadas de Manuel Luís Goucha, esta terça-feira, na TVI.
A artista explicou que, com a pandemia, “foi tudo à vida” e acabou por desanimar-se. “E digo assim: ‘Vou deixar de cantar. Eu não tenho paciência para este país, não tenho paciência para esta pandemia’”, recordou Manuela Bravo, referindo que acabou por desabafar nas redes sociais, na altura, que iria deixar a carreira musical.
“Não é mágoa, é desencanto. Eu admiro esta malta nova que está aí a fazer coisas impecáveis. É uma geração fantástica”, comentou também.
“Eu andava a fazer coisinhas pequenas que não me davam prazer, que já estavam a ser assim um frete. Não é que o público tivesse culpa. Era eu que achava que podia fazer mais e melhor, se calhar, em termos de som, de condições de trabalho… é melhor parar”, contou Manuela Bravo.
A artista referiu que lidou “muito bem” com essa decisão e que não sentiu falta, porque “não estava a sentir falta daquilo que estava a fazer nos últimos tempos”. “Pensei assim: ‘Vou dedicar-me à minha família, à minha filha, ao meu neto. Não quero saber mais disto para nada. Deixa os outros cantar. Vou lá aplaudi-los’. Está tudo muito certo. Deixei-me cá no meu canto”, lembrou ainda.
Contudo, mais tarde, Manuela Bravo acabou por ser convidada pela colega Suzy Guerra, que, em 2014, venceu o Festival RTP da Canção com o tema “Quero Ser Tua”, a participar num novo projeto musical. Esta iniciativa junta Manuela Bravo, Suzy Guerra e Nucha e recupera temas que foram à Eurovisão, de artistas que tivessem representado Portugal.
“Quando ela me faz esta proposta, eu percebi que era um projeto com cabeça, tronco e membros, bem pensado. (…) Quando a gente começou na fase de ensaios, foi um gozo”, destacou.
Veja uma parte da conversa aqui e aqui.
