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Manuel Melo ‘abre o coração’ sobre quando “perdeu o controlo da própria vida”

A Televisão
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Este sábado, 4, Manuel Melo foi convidado do programa ‘Conta-me’ e esteve à conversa com Maria Cerqueira Gomes.

Maria Cerqueira Gomes recebeu Manuel Melo no ‘Conta-me’. O ator recordou uma fase atribulada da sua vida e numa conversa franca, ‘abriu o coração’ para falar da sua vida pessoal e profissional.

Entre os vários desabafos e confissões, o ator, de 41 anos, recordou uma fase difícil, em que estava dependente de álcool e drogas. “É preciso perderes alguma coisa… Normalmente, é perder o controlo da própria vida. Pode acabar no hospital, numa prisão ou falecido. A minha nunca acabará, até acabar o meu tempo. Tinha consciência de que era difícil parar. E, na vida real, perdia um trabalho, perdia a confiança de uma pessoa, perdia o dinheiro todo… Aí, é mais do que evidente”, afirmou, notando que foi “perdendo amigos”.

Nunca fui um usuário feliz. A única coisa que passava era o vazio, uma noção de dor, sem nome, e que acalmava. Mas a fatura era enorme, com depressão, ansiedade…“, acrescentou.

Manuel Melo confessou que a Maria Cerqueira Gomes que a dependência pode ter sido impulsionada pelo estrelato. “Mesmo que eu não tivesse feito nenhum trajeto que me obrigasse a lidar com o ego, eu teria certamente enfrentado as mesmas batalhas”, disse. “Se calhar o mundo egoísta que é a televisão, o deslumbramento, o fascínio, a magia (…) pode ter pesado, sem dúvida. (…) Mas eu considero que há muitas outras variáveis e que a televisão não é, nem pode ser, a culpada“, notou.

O artista admitiu que o consumo não o fazia necessariamente feliz. “Eu nunca fui um usuário [de álcool e drogas] feliz, eu sempre tive noção que não era feliz a fazer o que estava a fazer”.

A única coisa que passava era o vazio ou a dor, que não tinha nome, mas que ficava bastante mais calma durante o período. Mas depois a fatura era enorme, depressão, ansiedade, tudo o resto que está envolvido nisso“, acrescentou.

Quando teve consciência da sua adição, o ator pediu ajuda a uma tia, que o aconselhou a procurar uma clínica de reabilitação.

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