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Leonor Poeiras revela: “Eu sou surda do ouvido direito”

Vanessa Jesus
3 min leitura
Reprodução Instagram

Leonor Poeiras falou sobre os problemas de saúde que a levaram a deixar de conduzir o ‘Somos Portugal’, da TVI. A apresentadora revelou que é surda do ouvido direito. 

A apresentadora da TVI esteve à conversa com Rui Maria Pêgo e Ana Martins, da Rádio Comercial, e fez algumas revelações. “Eu recentemente deixei de fazer o Somos Portugal. Foram oito anos e meio, que chegaram ao fim no ano passado”, começou por dizer, explicando de seguida o que aconteceu.

Eu terminei no programa de Lisboa, sem fazer grandes anúncios, mas foi uma decisão que eu tive de tomar dentro de mim. E o Somos Portugal era a coisa mais certa que eu tinha na minha vida, nos últimos anos. Terminei-o por várias razões. Não consigo, não quero continuar a fazer, não devo, e isto tem a ver com questões de saúde também. Eu sou surda do ouvido direito. Eu ensurdeci. Foi um episódio de surdez súbita há quatro anos“, revelou.

Não sabe o que levou a acontecer isso, mas garante que está a saber lidar com a situação. Foi ao médico quando a situação já estava avançada. “Cerca de 70% de surdez, e percebemos, ao longo dos meses, que era irreversível. A situação agravou-se nos últimos anos porque estou muito exposta ao ruído a fazer o Somos Portugal, e tive de parar. Foi uma decisão pessoal. Estou praticamente sem ouvir nada e não posso porque é o ouvido onde eu ponho o auricular quando trabalho em televisão”, disse.

Foi um dia realmente triste para mim. Foi no dia 2 de agosto, foi nesse dia que eu percebi. Chorei copiosamente para aí durante uma hora e tal. Nesse dia passei a noite a ouvir música aos berros, tipo despedida”, acrescentou.

Leonor Poeiras recordou ainda a morte da mãe que faleceu num “dia lindo” de 25 de abril: “É bom também ter este dia na vida. Ela morreu num dia em que o País está parado e isso é bonito, pela liberdade. Quer dizer, é uma coisa simbólica vá. Todos descansámos naquele dia 25, ela principalmente, como é óbvio”.

A sua progenitora sofria de “uma doença muito grave, degenerativa e neurológica” que a levou a ficar numa cadeira de rodas. Nos últimos dias em vida, estava no hospital.  “Eu ia vê-la e estava com ela todos os dias, dormia lá algumas vezes. Cantava para ela. Eu sei o que eu sinto mas não sei verbalizar”, recordou.

“Aprendi sobre o amor, aprendi que amar é estares com uma pessoa. Gostares dela como ela é, mas como ela está também. Foi uma experiência de profundo amor. Não escondi nada ao meu filho. Foi tudo muito verdadeiro. Foi um dia de grande paz quando a minha irmã de manha me telefono”, rematou.