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Júlio Magalhães lança novo livro: “Os meus livros não são grandes obras literárias, são grandes reportagens”

"A minha ideia também é dar um enquadramento histórico", disse Júlio Magalhães.

Ana Ramos
3 min leitura
TVI

Júlio Magalhães lançou, recentemente e 11 anos depois, um novo livro e foi ao “Dois às 10” para falar sobre a temática desta obra.

O jornalista passou uma parte da infância em Angola e este país e a Guerra Colonial são temas muito presentes nas suas obras.

“Quando voltámos a acreditar no amor” é o nome do novo livro que conta histórias de outras personagens “que também fazem parte da guerra”: “Acho que fecha aqui o ciclo sobre Angola e a Guerra Colonial”.

“O que se procura sempre na vida? É o amor”, disse, referindo-se a um dos temas abordados no livro. “O amor está sempre presente em tudo, mesmo nas guerras”, continuou Júlio Magalhães.

Júlio Magalhães explicou que o feedback que recebe das pessoas é o que o “motiva muito a escrever”: “O que as pessoas me dizem é ‘Olhe, isto é a minha história, eu vivi isto ou eu conheci alguém que viveu isto’. Isso é o maior retorno que posso ter dos meus livros, porque são livros baseados em histórias verídicas e, portanto, as pessoas, depois, replicam aquilo, ou, se não viveram, pelo menos tiveram um vizinho que viveu esse momento”.

“Os meus livros não são grandes obras literárias, são grandes reportagens. É uma reportagem jornalística em que, depois, é romanceado, mas, sobretudo, a minha ideia também é dar um enquadramento histórico e as pessoas que lerem o livro perceberem o que era o país na época, como é que as pessoas viviam, como é que eram os sítios e, sobretudo, o que é que interferiu muito naquilo que foi a logística da guerra e a logística da movimentação das pessoas. E isso é uma grande reportagem romanceada”, rematou Júlio Magalhães.

Júlio Magalhães falou ainda que ficou 11 anos sem lançar um novo livro devido ao trabalho: “Quando se é diretor de alguma coisa e se está com uma responsabilidade grande, não há disponibilidade. Quando tinha tempo não era para escrever, eu não sou escritor”.

Veja aqui e aqui uma parte da conversa.