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Júlio Isidro sobre RTP: “Vivi sempre uma corda bamba do contrato por 13 semanas”

"Se o programa agradasse, talvez fizesse mais um contrato de outras 13 semanas", recordou Júlio Isidro.

Ana Ramos
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Júlio Isidro foi um dos convidados de Maria Botelho Moniz no programa desta quarta-feira “Goucha”, na TVI, e falou sobre os trabalhos na RTP.

O apresentador trabalha na RTP há mais de 60 anos, mas revelou que nunca foi funcionário do canal: “É, definitivamente, a casa onde eu nasci e onde desejo morrer. Eu não tenho nenhum ano de casa, porque eu não sou funcionário da RTP nem nunca fui”.

“Vivi sempre uma corda bamba do contrato por 13 semanas. Se o programa agradasse, talvez fizesse mais um contrato de outras 13 semanas… e passaram-se 63 anos assim”, continuou Júlio Isidro.

“Tenho vivido em grande inquietude. Ultimamente, já não porque estas últimas administrações fizeram primeiro comigo um contrato de dois anos e, desde há dois anos para cá, só de um ano, que eu penso que tenha a ver com a minha proveta idade… não vá eu morrer em plena prevalência do contrato”, brincou.

Júlio Isidro contou que, na primeira vez que lhe fizeram um contrato de dois anos, chegou a casa e disse: “‘A RTP assinou comigo um contrato de dois anos’. E a Francisca disse ‘Ah! Já não vamos ficar nervosos este Natal’”.

No entanto, “houve períodos muito piores, evidentemente”, em que não chamaram o apresentador. “90% dos programas que fiz até agora na televisão foram escritos e inventados por mim, portanto, tinha de chegar lá, apresentar. Gostam, não gostam, querem, não querem… e eu aqui prefiro omitir o cortejo de canalhices a que fui assistindo”, contou Júlio Isidro.

“Cortejo de canalhices?”, questionou Maria Botelho Moniz. “Ficamos só por aqui”, respondeu o apresentador.

Aos 78 anos, Júlio Isidro continua a trabalhar, na RTP Memória, onde vive “num oásis”: “Não tem a dimensão de público de outros canais, mas onde acontecem coisas muito importantes”.

Veja aqui o momento.

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