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Judite Sousa sobre «Caso Ana Leal»: «Manda quem pode, obedece quem deve»

Diana Casanova
3 min leitura

Judite Sousa Informação Tvi Jornal Das 8 Oito

Foi no ano passado que Ana Leal criticou a retirada de uma reportagem de sua autoria do Jornal das 8 do dia 26 de janeiro, e que apenas foi exibida no espaço informativo da meia noite da TVI24, no dia seguinte. As críticas de Ana Leal levaram-na a uma suspensão.

Judite Sousa vem agora falar sobre o assunto, assumindo que a «fragilizou internamente», quanto mais não seja «porque constituiu um problema para a empresa que me paga o salário todos os dias e eu não gostei disso», revelou à Notícias TV. Ainda assim, garante ter sentido o «apoio claro e explícito de quem tinha de sentir», nomeadamente «dos administradores e do José Alberto Carvalho». «Nem havia outra forma de ser. Foi feita uma queixa contra mim sem que eu tivesse conhecimento dessa queixa, com toda a gente na redação a ter conhecimento dela, e eu a ser confrontada com a existência dessa queixa três semanas depois de ela ter sido feita. Soube que existia uma queixa pelo jornal Público. Isto é muito mau e muito penoso.», porque «a pessoa que se queixou de mim não teve a hombridade de me dizer “olha, eu queixei-me de ti”», conclui.

Este desconhecimento fez com que vivesse «na ignorância durante três semanas» sem se «poder defender atempadamente e a ser triturada internamente na redação», o que para Judite Sousa «é revoltante».

Além de se mostrar revoltada pela forma como o assunto foi gerido, Judite Sousa justifica a retirada da peça jornalística pelo facto de ser «uma reportagem dispensável», e à semelhança de «umas dez» peças que caem diariamente do alinhamento do jornal da TVI e que «nunca ninguém se queixou». Efetivamente, para Judite Sousa, tudo não passou de «uma brincadeira de mau gosto, de uma criancice. Foi uma maldadezinha. Valeu o que valeu».

Trata-se, portanto, de um caso «encerradíssimo» para a jornalista, que assume que «Ana Leal é uma excelente jornalista, […] tem feito um trabalho muito positivo no que diz respeito à informação sobre o caso do Meco», mas no final do dia «manda quem pode, obedece quem deve», pelo que ao contestar uma decisão de um superior hierárquico foi suspensa.

Redatora e cronista