fbpx

José Cid lança farpas a cantores e rádios nacionais

A. Oliveira
3 min leitura
Instagram

José Cid é conhecido por não ter papas na língua e a entrevista que concedeu a Fátima Lopes este sábado, 26 de outubro, voltou a provar isso. 

Numa conversa franca e frontal, o músico lançou algumas farpas a cantores nacionais, sublinhando que, apesar de terem começado por considerar que o inglês era de moda, resolveram converter-se. “Há muita gente em Portugal que já percebeu que não vale a pena gravar em inglês. Mesmo quem gravava em inglês passou a gravar em português”, atirou.

Além das críticas a quem começou por cantar noutro idioma que não o nacional, José Cid apontou o dedo às rádios nacionais que “só passam aquilo que é feito por jovens, que têm talento, mas as pessoas menos jovens e com talento não passam”. No entanto, há uma exceção, como fez questão de sublinhar: a Antena 1, que continua a passar as suas músicas, as de Tozé Brito e de Paulo de Carvalho.

O cantor também a sua passagem pelo quarteto 1111 e as dificuldades que teve no pós-revolução por não ter músicas de intervenção.

Já sobre a sua vida pessoal, José Cid recordou a sua infância marcada pelas ausências do pai. “O meu pai era uma pessoa muito distante, era industrial, tinha uma casa agrícola bastante grande na Bairrada. Depois quando casou com a minha mãe, no Ribatejo, fez uma fábrica de concentrados de tomate que eram deliciosos… fez uma fortuna bastante grande a vender estes concentrados de tomate, e umas cebolinhas que a minha mãe inventou, para a Alemanha em plena Segunda Guerra Mundial [Portugal era neutro], de tal maneira que o concentrado de tomate e as cebolinhas foi a única coisa que Hitler pediu para levar quando teve de fugir”, disse.

“A minha mãe era uma pessoa mais dura, dava-me uns enxertos de pancada com bastante frequência. Batia-me, mas eu dos três irmãos era o mais bonzinho… as minhas irmãs viram o mundo virado ao contrário com a minha mãe, era complicada”, contou sobre a relação com a sua mãe.

José Cid falou também sobre a sua esposa, com quem manteve uma relação há 30 anos, tendo o casal depois seguido caminhos diferentes e voltando a reencontrar-se no século XXI.