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Jornalista da TVI infetado com Covid-19: “Está a ser a maior guerra da minha vida”

Vanessa Jesus
3 min leitura

Pedro Jorge da Cunha, jornalista do ‘Mais Futebol’, da TVI 24, e a sua mulher estão infectados com covid-19. Em entrevista, o jornalista desportivo explicou quais foram os seus primeiros sintomas. 

“No início pareceu-me tudo benigno. Leves dores musculares, cansaço generalizado, peso na cabeça. Nada que o paracetamol não fosse capaz de resolver. De 16 a 18 de março, os sintomas não passaram disto. Fui aguentando, pensando que ‘a mim não acontece nada’ e que o dia a seguir seria melhor. Ou menos mau”, começou por explicar na crónica quinzenal ‘Chuteiras Pretas’, do site Mais Futebol.

 Porém, tudo mudou ao fim de quatro dias. “Perdemos completamente o olfato, ao ponto de deixarmos de pressentir as fraldas sujas dos nossos gémeos de dois anos e meio. Brutal, não? Ao quarto dia de febre recebi a visita de um médico. Receitou-me o paracetamol de sempre e um antibiótico (amoxicilina) para combater a infeção respiratória que identificara na auscultação. Céu, Ciência, amuletos da sorte e mezinhas das avós, a tudo nos agarrámos. Resultou. Principalmente a parte da Ciência, digo eu”, acrescenta.

Devido à febre acabou por “encharcar os lençóis da cama durante três noites seguidas” e chegou a ter “pedadelos” e “tremores gelados”. Acabou por fazer o despiste da Covid-19 através do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a sua esposa recorreu a um laboratório privado.

 No dia 26 de março, quando achavam que esta luta já tinha terminado, perceberam que “os problemas ainda não tinham acabado”, pois houve uma troca de identidade nos resultados.

“Devido a uma troca de identidade no envio do resultado, ficámos primeiro a saber que o diagnóstico era Negativo e, horas mais tarde, Positivo. Contingências de uma era absolutamente anormal, mas inaceitáveis num Estado de Direito”, explicou, acrescentando que ficou com receio de terem cometido lapso comportamental ou ter contagiado alguém.

O jornalista disse ainda em direto, esta terça-feira, na TVI24 que não faz ideia do local ou da pessoa que o contagiou até porque cumpriu sempre todas as medidas de segurança. “Está a ser a maior guerra da minha vida, uma guerra que nunca pensei ser possível travar”, disse, apelando às pessoas para não felicitarem.