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Jornalista da TVI assiste à morte de homem no Algarve e arrasa INEM

Emanuel Monteiro viu homem morrer à sua frente na praia da Manta Rota e deixa duras críticas ao Estado e ao INEM.

Pedro Vendeira
5 min leitura

Emanuel Monteiro, jornalista da TVI, assistiu à morte de um homem quando estava na Praia da Manta Rota, no Algarve.

Através das redes sociais, o comunicador, que se encontra de férias, revelou que um homem de 58 anos sentiu-se mal na praia e fez um arrepiante relato do que aconteceu e criticou a falta de meios para prestar auxílio.

Ontem estava na Praia de Manta Rota. Um homem entrou em paragem cardiorrespiratória à nossa frente. Eram cerca das 13:15. Tantos os nadadores-salvadores como dois enfermeiros, entre eles o Rafael Nunes, iniciaram manobras de reanimação ao senhor, que tinha apenas 58 anos, mais novo que o meu pai e, se calhar, que o vosso”, começou por contar.

Emanuel Monteiro destaca a pronta ajuda de dois enfermeiros que se encontravam na praia e que tentaram tudo o que estava ao alcance para salvar o homem. “O INEM foi logo chamado e devidamente informado sobre o que estava a acontecer. Ao longo de muitos minutos, muitos mesmo, os dois enfermeiros que, tal como eu, estão de férias, não desistiram daquela vida humana e não pararam, nem um segundo, de fazer massagens cardíacas. Ficaram, até, com queimaduras de abrasão nos joelhos e nas pernas a tentar salvar aquela pessoa. Mas o INEM só apareceu 40, sim leram bem, 40 minutos depois, e em vez de mandar um Viatura Médica de Emergência e Reanimação, com um médico e um enfermeiro, máquinas e medicação que salvam vidas, mandou apenas uma enfermeira e uma técnica de emergência, que mais nada fizeram além daquilo que já estava a ser feito“, atirou.

O INEM veio depois alegar que não mandou uma VMER porque a única disponível estava a 45 minutos de distância e que, depois, fez uma segunda avaliação com a equipa do INEM, que entretanto chegou e que já não valia a pena, porque o senhor não estava a reverter. O INEM desvaloriza a ausência da VMER, dizendo que havia uma médica na praia que prestou assistência ao senhor. Falamos de uma médica que, tal como os enfermeiros, estava de férias, sem equipamento ou medicação para salvar vidas”, acrescentou o jornalista da TVI.

Na longa partilha nas stories da sua página de Instagram, Emanuel Monteiro mostra-se revoltado com a tragédia e acusa o Estado e o INEM pela morte do homem. ”Era preciso muito mais, por isso, como era previsível, não foi possível salvar o senhor. O ESTADO falhou, porque deixou morrer um homem sem ter feito tudo o que podia para o salvar, neste caso ter mandado uma VMER de imediato, com um médico, um enfermeiro, medicação e máquinas de suporte avançado de vida”.

O jornalista da TVI coloca ainda uma questão ao Ministro da Saúde, Manuel Pizarro e ao INEM, notando que milhares de turistas estão em perigo no Algarve, caso precisem de ajuda médica. “No mês de agosto estão centenas de milhares de de turistas no Algarve, como sabe o INEM e Manuel Pizarro. Como assim uma VMER neste sítio do país, nesta altura do ano, pode estar a 45 minutos de distância de uma pessoa que está a morrer? E como assim não vai assistir alguém que precisa de ser reanimado? (…) Correm o risco de poderem morrer apenas porque os meios estão longe ou simplesmente porque não aparecem quando necessários”.

“Vivi cada segundo daquelas duas horas e aquilo que vi, tenho a certeza, foi de uma desumanidade enorme. O senhor morreu à minha frente sem a presença do INEM e de uma VMER”, confessou Emanuel Monteiro.

Por fim, o comunicador aproveitou para recordar o trabalho do INEM nas Jornadas Mundiais da Juventude e de que aqui nada falhou. “É este o país que merecemos?”, questionou.

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com