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João Reis faz balanço “positivo” de “Anjo Meu”, mas com algumas “oscilações”

A Televisão
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Depois de alguns anos afastado das telenovelas da TVI, o ator aceitou o convite da televisão de Queluz de Baixo e deu vida ao protagonista da trama de Maria João Mira. Vários meses volvidos desde o início das gravações, João Reis faz um balanço, entrevista à edição desta semana da revista TV Guia:

“Tem sido positivo… Há oscilações, problemas que surgem sempre em novelas, mas há uma equipa técnica extraordinária. É engraçado que, quando faço televisão, de vez em quando há uma ou outra pessoa que me chama a atenção. No meio daquele caos e daquela desordem, elas conseguem ter algum discernimento, empurrar as coisas para a frente. E como estou mais à distância, fico espantado e sensibilizado com esse empenho. São pessoas com um grau de importância reduzido, aos olhos de quem manda e do público, mas que são, de facto, importantes no sentido da união e da capacidade de fazer bem”, começa por dizer.

Questionado sobre que “oscilações” são estas, o marido de Catarina Furtado foi perentório, revelando não ter receio de que se as disser será “castigado”: “Aquilo que se instalou, de uma maneira geral, é o medo: o medo de falar, o medo de ser malvisto… Mas esse é um tipo de medo que não tenho. E não estou a armar-me ao pingarelho numa tentativa de ser rebelde. Não, eu tenho princípios pelos quais me rejo. Foi das poucas coisas boas que o meu pai me deixou como legado: ser vertical, digno, honesto, profissional. E eu sou. Baseando-me nesse princípio, quem não deve não teme. Aquilo que digo das oscilações é o seguinte: no teatro, temos um texto para interpretar, sabemos como começa e como acaba. Há um domínio e um controlo. Na novela nunca se sabe o caminho da personagem”.

Esta falta de “informação” defendida por João Reis acaba por, segundo o próprio, originar a “incoerência” no que à sua personagem diz respeito: “Há coisas que podiam ter funcionado melhor. A minha personagem prometeu muito nos primeiros episódios e, a meio do percurso, descambou um pouco”, defendeu, acrescentando: “Os argumentos que ele usa para defender os seus interesses. Deixam muito a desejar. Mas como ator cabe-me ultrapassar essas dificuldades”.

A terminar, o ator fez questão de deixar claro que a sua saída de Anjo Meu já estava agendada desde o início da história: “Eu nunca pedi redução de protagonismo a meio da novela. Eu só aceitei fazer Anjo Meu na condição de que, a partir de Julho, teria outros compromissos que me obrigariam a ter menos tempo para gravar. E a minha condição foi aceite. Isso é um sinal de reconhecimento e de confiança em mim”, finalizou.

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