fbpx

Joana França esteve anos longe da representação: “Inicialmente, há uma revolta”

Em 2007, Joana França gravou um disco de uma banda portuguesa Pop/Rock PLUMA, da qual alguns temas fizeram parte da banda sonora de várias novelas.

Ana Ramos
4 min leitura
Instagram

Joana França esteve no programa da TVI de Manuel Luís Goucha, na tarde desta sexta-feira, e falou sobre o seu percurso profissional.

A atriz começou a pisar os palcos desde tenra idade, através do teatro, passando também pela televisão.

Aos 22 anos, “parece que todas as portas se fecham”. Joana França já “levava 16 anos de trabalho” e muitos contactos no meio artístico, mas nada parecia estar a resultar. “Era o tempo da vida para eu criar outro tempo, outra história, aprender e crescer um bocadinho mais”, sublinhou, recordando que foi trabalhar para um call center e voltou a estudar até ao 12.º ano.

Deparou-se com uma rotina com a qual não estava habituada e garantiu que lhe fazia “falta representar”. “Gosto dos aplausos, como é óbvio. Mas o que eu gosto nos aplausos é que um conjunto de pessoas reuniu recursos e tomou uma escolha de estar ali àquela hora e o privilégio de poder estar ali para alguém e transformar a vida daquela pessoa é transcendente”, disse. Contudo, também lhe fez “tanta falta este percurso empresarial e, depois, foi sair dali e trabalhar numa direção financeira, numa direção de cobrança”, onde adquiriu ferramentas que a “empoderaram e exponenciaram nos verdadeiros valores do ser humano”.

A atriz explicou que esse também foi “um tempo maravilhoso”, de “descoberta”, durante o qual continuou a cantar em casinos, bares e em bandas de covers, tendo lançado ainda o seu EP.

“Inicialmente, há uma revolta. O que é que aconteceu? Se calhar, já não saio mais daqui. Há algumas coisas que vou sacrificar, mas, se calhar, vou manter-me aqui”, lembrou em relação aos pensamentos que tinha na altura.

Joana França esteve oito anos afastada da representação, mas uma ida à Broadway, nos EUA, levou-a a repensar a sua carreira de atriz. “Se morrer amanhã, vou tão infeliz. Tenho de voltar a tentar. Posso fazer o caminho de outra forma, mas tenho de lá voltar”, sublinhou, garantindo que tinha de fazer “tudo o que estava ao alcance para poder voltar a fazer arte e, se não acontecesse, está tudo bem”.

Quando regressou dessa viagem, percebeu que a empresa onde trabalhava não lhe iria renovar o contrato e, então, pensou que era a oportunidade perfeita para avançar o que tinha pensado, mas, primeiro, sentia que precisava de se preparar. “Pensei: Vou viver para Inglaterra e vou ver o que a vida tem para mim. Foi muito bom o tempo que lá estive. Não fiquei o tempo que tinha projetado. Ia para investir na minha formação, ia para fazer castings, workshops, chegar com outras ferramentas”, descreveu, referindo que teve de voltar mais cedo devido à morte do seu avô.

“Já foi bom! Já trouxe muita coisa! Voltei para Portugal e, de repente, as portas abriram-se”, concluiu a atriz.

Veja aqui e aqui partes da entrevista.

Relacionado: