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Isaltino Morais em grande entrevista: a prisão e o internamento por Covid-19

Vanessa Jesus
3 min leitura

Isaltino Morais foi o convidado de ‘Goucha’ esta quarta-feira, dia 9 de fevereiro, e falou dos tempos da prisão e do internamento por Covid-19.

A TVI prometeu uma entrevista polémica e sem tabus no programa ‘Goucha‘ e Isaltino Morais respondeu a tudo como prometido.

Internamento com Covid-19: 

Isaltino Morais era para ser entrevistado por ‘Goucha’ em novembro, mas ficou infetado com Covid-19 e foi internado nos cuidados intermédios durante 14 dias.

“Senti dor de cabeça e dor no corpo e desvalorizei”, começou por dizer sobre o assunto. Só quando os sintomas pioraram é que decidiu agir. “Pensa-se em tudo. Pensa-se na morte”, desabafou, aconselhando todos os telespectadores a serem responsáveis antes que seja tarde.

“Eu sou um resistente, tenho uma resistência muito grande à dor. Resisto à dor, mas quando estou numa situação frágil gosto de ser bem tratado, com familiares e amigos que se preocupem comigo”, acrescentou.

Prisão: 

Isaltino Morais esteve preso durante 429 dias  e confessou que foi mais difícil do que estar internado. “É mais difícil. Por um lado, não alimentar o lado mau, a revolta. Temos que alimentar o lado bom, com energia positiva. Acho que temos que ter a grandeza de perdoar e compreender as dificuldades do outro“, afirmou.

O convidado criticou o facto de dizerem que a “justiça é justiça e a política é a política”, porque na sua opinião a “justiça é política pura”. Manuel Luís Goucha confrontou o convidado e disse-lhe que este não esteve preso por “inveja alheia”.

“Provavelmente estive”, reagiu. Isaltino Morais confessou que saiu um homem melhor da prisão, mas não deixou de lançar ‘farpas’ à comunicação social.

Os outros reclusos foram os que mais me respeitaram. O melhor que conheci na prisão foram os presos. Tratava-os a todos por tu e nunca nenhum me tratou por tu“, disse, referindo que não tinha nenhum problema que o tratassem por tu, mas isso demonstrou o respeito que lhe deram.

Agarrei-me à minha inocência. Eu até posso ter cometido um crime de fraude fiscal, admito que sim, mas é preciso que me digam qual foi, porque as finanças passaram-me uma declaração a dizer que eu não devia nada ao fisco“, afirmou.

O filho mais novo tinha 10 anos quando foi preso, mas até hoje nunca falaram do lado mau dessa fase. “Ele é um jovem muito motivado nos estudos. Eu estava na prisão e ele dizia-me sempre o resultado dos testes. Procurou dar-me sempre boas notícias”, referiu.

Leia também: Manuel Luís Goucha recebe Isaltino Morais para uma “conversa polémica e sem tabus”

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