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Iran Costa recorda sucesso de “O Bicho”: “Era a última hipótese”

"Eu não queria voltar para o Brasil", disse Iran Costa.

Ana Ramos
3 min leitura
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Iran Costa foi um dos convidados de Manuel Luís Goucha, esta quarta-feira, e recordou o lançamento do seu grande êxito.

“Acho que foi ali um conjunto de situações. Portugal estava precisando de algo diferente na música. As pessoas estavam habituadas com a música da Joana, da Fafá de Belém, do Roberto, o que vinha do Brasil, foi quando surgiu o Iran com música dançante, com ritmo e as bailarinas, com os figurinos já mais sensuais”, começou por dizer o artista.

Iran Costa contou que a música “O Bicho” “não estava programada” para entrar no disco que estava a preparar. “Os dois primeiros discos foram tipo fracasso, não correram bem. Era um contrato de três anos e eu tinha de gravar o último disco. Era a última hipótese. Ou dava certo, ou, então, eu metia a viola no saco e voltava para o Brasil”, lembrou.

“Mas eu não queria voltar para o Brasil. Eu saí com o objetivo de conquistar, de construir um castelo… para os meus pais. Sempre estiveram em primeiro lugar em tudo”, comentou Iran Costa, que decidiu, então, gravar o disco ao seu gosto. Quando ouviu a música, o seu empresário disse que ia “ser o maior sucesso da história de Portugal” e que ia conquistar, “no mínimo, quatro platinas”.

Iran Costa recordou ainda a primeira viagem que fez à Europa, em 1988, em passeio, na qual esteve em Espanha e um homem leu as suas mãos: “Começou a falar umas coisas do passado, acertando em tudo. (…) Parou, olhou para mim assim branco e falou ‘Você vai ser uma figura muito conhecida, extremamente popular. Mas não vai ser no seu país’”.

“Dois anos depois, estava preparando-me para vir para Portugal e, em 1995 as pessoas me idolatravam na rua”, afirmou, referindo que, nessa época, chegou a fazer “três espetáculos por dia” e conseguiu conquistar o “castelo” para os seus pais.

Contudo, nem tudo foi um mar de rosas e, na fase em que os dois primeiros discos não estavam a dar certo, Iran Costa chegou a dormir “em cima de uma toalha, na casa de um amigo”.

“Acho que foi Deus que colocou a mão e falou assim: ‘Agora, chegou a tua vez. Esse é um presente para você’”, rematou.

Veja aqui e aqui uma parte da conversa.

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