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Helena Sacadura Cabral em lágrimas ao desabafar sobre morte do filho: “Já não é luto, é uma ausência”

A Televisão
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Helena Sacadura Cabral esteve à conversa com Cláudio Ramos, para o programa “Dois às 10”, da TVI,

Helena Sacadura Cabral abriu o coração numa emotiva conversa com Cláudio Ramos, exibida esta sexta-feira, 29 de abril, no programa “Dois às 10”, da TVI.

A dada altura da conversa, e prestes a assinalar-se o Dia da Mãe [domingo, 1 de maio] e o dia do aniversário do seu filho, Miguel Portas, que faleceu em abril de 2012, a escritora falou sobre a partida do político.

Cláudio Ramos recordou um excerto de um texto por Helena Sacadura Cabral sobre o filho, a propósito da estreia de um filme. “Escreveu no seu Instagram, uma coisa muito bonita, é impossível que não nos possamos comover com aquilo que escreveu“, começou por dizer o apresentador, lendo o texto escrito por Helena Sacadura Cabral: “Já não é luto. Já não será tristeza. É uma ausência, um bocado de mim, um ar que se não respira. É, enfim, uma saudade imensa de ouvir os dois irmãos falarem sobre aquele filme e sobre o nefasto que representa a ideologia ou a religião”.

É isso que eu sinto, é exatamente isso que eu sinto. É uma ausência. Era como se tu perdesses a tua filha, durante um período tu ficavas tonto, tudo se desequilibrava“, desabafa a escritora, em lágrimas. A escritora considerou que tanto a mãe como o seu filho “estão muitíssimos presentes”.

A morte ensina mais do que a vida, custa, mas nunca crescerás se não através do sofrimento”, acrescentou. De seguida, destacou que nunca se zangou com Deus e explicou: “Zanguei-me com Deus? Não. Tenho uma noção muito concreta de que os filhos são um empréstimo de Deus e, portanto, eu todos os dias sei que um dia posso ficar sem eles“, explicou, referindo que foi com a ajuda do padre José Tolentino que alcançou este pensamento e reforçou a sua fé. “A morte de um filho é uma coisa mais íntima que há“, desabafou.

A escritora contou ainda que foi “muito violento” a despedida do filho, no funeral, por ser um político conhecido e ter de partilhar a dor com todo o país. “Eu não saí de ao pé do caixão nem para fazer xixi. Eu não assisti à morte do meu filho, eu assisti à morte do político Miguel Portas e era uma multidão (…) eram as televisões, era tudo“, lembrou.

Quanto ao luto, Helena Sacadura Cabral confessou que não conseguiu chorar durante muito meses. “Eu chorei o Miguel cinco anos depois, desses cinco anos até é que a morte do Miguel é mais dura porque, pela primeira vez, há 5 anos (…) não era saudade, é uma sensação de ausência“, admitiu.

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