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Filho de Roberto Leal recorda o pai em lágrimas: “Foi muito difícil de aceitar”

A Televisão
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Rodrigo Leal, filho de Roberto Leal, abriu o coração a Manuel Luís Goucha.

Rodrigo Leal concedeu uma entrevista intimista a Manuel Luís Goucha no programa ‘Conta-me’. O filho de Roberto Leal abriu o coração para falar sobre a morte do pai, que partiu há três anos.

“Acho que (o tempo) nunca é suficiente. Nunca vai ser. Aprendemos a lidar da melhor forma. Mas a saudade fica sempre, é eterna”, começou por dizer Rodrigo Leal, sobre os três anos que passaram desde a morte do progenitor e como teve de aprender a viver sem o pai.

O convidado confessou a Manuel Luís Goucha que nunca contaram a Roberto Leal a gravidade do cancro da pele que tinha. Na fase final da doença, os filhos do artista tiveram de se preparar para o pior. “Na fase final, tivemos de nos preparar. Muitas pessoas perguntam se ele sabia que tinha. Claro que ele sabia, aquilo que escondemos foi o tempo que aquilo teria. Nós sabíamos o tempo (de vida) que ele iria ter…”, desabafou.

“O meu pai morreu num sábado e na quarta-feira estava a cantar na televisão, cheio de vida. Nós não quisemos tirar-lhe essa vida. Podíamos ter feito tratamentos para ele ter durado mais dois, três meses”, acrescentou, revelando a decisão da família em não sujeitar Roberto Leal aos tratamentos oncológicos. “Então decidimos que o homem lá em cima (Deus) é que sabia quando seria a data”, contou.

Após a morte de Roberto Leal, os nove irmãos e a mãe isolaram-se. “Foi duro. Foi muito difícil de aceitar. Mas eu precisava, até como filho mais velho, de ali estar, pela minha mãe e pelos meus irmãos. Cada um lidou com a perda à sua maneira. A Manuela (filha de Roberto Leal) não consegue ouvir uma música do meu pai, nem ver uma foto do meu pai ainda”, admite Rodrigo Leal.

Mais à frente na conversa, o convidado desabafou sobre a ausência do pai nos seus primeiros 14 anos de vida por causa do trabalho. “Nos primeiros anos de vida não foi presente. Nos primeiros 20 anos de carreira, o meu pai tinha uma média de 16 concertos por mês. Ele fazia uma tourné que durava dois anos no Brasil. Essa ausência, o Roberto Leal era uma paisagem. Ainda bem que vim morar com ele (para Portugal) porque senão eu não o tinha. (…) Chegámos a ver o meu pai cinco ou seis dias por mês”, afirmou.

“O que eu mais recebo na rua são lágrimas. As pessoas abordam-me e dizem: ‘Que saudades do seu pai que tinha sempre uma palavra de amor’”, confessou, acrescentando: “As minhas filhas hoje dão continuidade à alegria [de Roberto Leal]. Elas têm memória do avô. O pai é o super-herói. O avô era o pai do super-herói. Era mais do que um super-herói. Se perguntar hoje do que elas mais sentem falta, é o abraço. O beijo. O colo”, admitiu.

“A partida do meu pai ensinou-me que passamos a vida à procura de coisas que às vezes não encontramos. Preocupamo-nos em ter em vez de nos preocupar-nos em ‘ser’. Perdemos demasiado tempo e esquecemo-nos do essencial. Esquecemo-nos de viver. A minha prioridade de hoje é estar com as pessoas que eu amo. Acredito que um dia vou encontrar o meu pai. E vou dizer: ‘Te amo. Morri de saudade de você’”, rematou Rodrigo Leal, de lágrimas nos olhos.

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