Fátima Campos Ferreira foi uma das convidadas de Manuel Luís Goucha, esta segunda-feira, na TVI, e falou sobre o marido.
Para a jornalista, o marido estará “com os pais dele, estará nessa polifonia”: “É para onde todos vamos”. “Haverá alguma coisa que é maior do que todos nós, uma polifonia”, disse.
“É viver de outra maneira, é pensar que a vida continua até um dia, portanto, é continuar o resto que me falta”, afirmou Fátima Campos Ferreira, referindo que não tem medo da morte. “Esse dia está definido para todos nós. Quem é que vai ter medo de uma coisa que está no caminho de toda a gente? É evidente que há um choque tremendo, quando vemos as pessoas que gostamos partirem, no caixão. É um choque imenso, mas nós sabemos que é o nosso espelho e temos de viver com essa realidade”, continuou.
Fátima Campos Ferreira disse ainda que não está sempre a pensar na morte, mas que já sabe “que isso é assim”: “Agora, vou viver. Temos de viver, plantar a semente que o meu pai e a minha mãe plantaram em mim nos outros, porque isto é uma comunidade. Isto é uma maratona. Temos de ir passando os testemunhos uns aos outros com esperança”.
“Isto não acaba aqui, isto vai continuar de alguma maneira e, mesmo que isto acabasse aqui, o meu infinito são os olhos do outro e é para eles que quero trabalhar e existir. Quero existir em rede”, finalizou a jornalista, referindo que o seu marido incentivou-a a escrever o livro que agora vai ser apresentado.
Esta quarta-feira, Fátima Campos Ferreira vai fazer uma sessão de apresentação do seu livro “O Infinito está nos Olhos do Outro”, pelas 18h30, na Sala de Âmbito Cultural, piso 6 do El Corte Inglés de Lisboa. A apresentação vai contar com a presença da escritora Alice Vieira e do general António Ramalho Eanes.
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