Anabela Dias, de 48 anos, era uma fã do programa da TVI, Love On Top, quando conheceu Carolina Roque. A ex-concorrente do reality show da TVI terá criado uma relação de proximidade com a senhora residente em Sintra ao ponto de lhe ter confiado a casa e as suas contas.
Em finais de 2016 Anabela terá conhecido um amigo da namorada do, também ex-concorrente, Bruno Esteves. João Pedro Filipe era o contacto de Carolina quando esta entrou, de novo, para a casa do amor. Depois de ganhar confiança com Anabela, o jovem terá inventado esquemas de chantagem relacionados com droga, operações para mãe, funeral do pai, etc… Alegadamente João terá pedido ajuda, durante ano e meio, à senhora apresentando um rol de situações que, no final das contas, nunca passaram de grandes mentiras. De acordo com Anabela, João Pedro afirmava que tanto ela como Carolina Roque poderiam ter problemas no futuro caso ele não conseguisse dar resposta financeira ao chefe do esquema de droga em que estava envolvido. A senhora terá, assim, feito várias transferências para o amigo da ex-concorrente com medo que fizessem mal a Carolina.
A história ganhou cada vez mais contornos ao ponto de Anabela continuar a injectar dinheiro na conta de João Pedro na esperança de que este resolvesse todos os seus problemas o mais rápido possível, e lhe devolvesse as quantias.
O esquema, no entanto, continuava e a mulher não conseguia evitar a tragédia: viu o seu dinheiro desaparecer aos poucos e nenhuma solução à vista. “Ainda criei dívidas ao pedir dinheiro a outras pessoas para resolver estes assuntos. Fiquei sem nada e ainda tenho muita coisa para resolver”, confidenciou Anabela à referida publicação, contando ainda que a pouca concentração e as constantes saídas para resolver estas situações a fizeram, ainda, perder o emprego.
No total Anabela terá transferido cerca de 600 mil euros para as duas contas de João Pedro, mesmo sendo avisada por vários ex-concorrentes do Love on Top de que o jovem seria um vigarista. José Castro, o advogado da vítima, não tem dúvidas de que se está perante um caso de burla e que João poderá mesmo arriscar uma prisão efetiva de até oito anos.
O caso encontra-se em fase de inquérito com João Pedro Filipe a ser constituído arguido, e Carolina Roque como testemunha do caso.
