O Restaurante O Canela, situado em Campolide, Lisboa foi um dos mais polémicos da primeira edição de Pesadelo na Cozinha. Mais de um ano depois, Manuel Canela acusa a produção de manipulação e conta as dificuldades que passou depois do programa.
Na altura de exibição do episódio, em abril de 2017, o chef Ljubomir Stanisic e a produção classificaram este estabelecimento como «o mais nojento e intenso de toda a temporada». O proprietário teve o restaurante fechado pela ASAE durante 9 meses e agora em conversa com a TV Guia, Manuel Canela considera que a participação no programa «foi uma experiência muito negativa» e não mantém nenhum conselho do chef jugoslavo.
«Isto não é sítio para as receitas dele. As pessoas que aqui vêm querem é comida minhota. Aliás, convido-o a vir aqui fazer os pratos dele para ver se resulta. São bons é para eventos. Se continuasse com aquela ementa, já tinha fechado de certeza», afirma à mesma publicação. O Canela está aberto há 9 meses, depois de terminadas as remodelações, mas o dono confessa que «tem sido muito difícil reerguer o negócio», depois da sua participação no programa da TVI.
Pesadelo na Cozinha: Ljubomir fracassa no primeiro restaurante
Das imagens que passaram na TV, o proprietário garante que foram «armações da produção». «Aquilo foi tudo feito! Não me deixaram limpar o restaurante na véspera do programa. Fizeram o que quiseram. Foram donos do meu restaurante por dois dias». Manuel Canela foi ainda mais longe e acusa a produtora Shine Iberia de lhe ter estragado a comida de propósito: «Desligaram-me os frigoríficos, não me deixaram vender um cabrito porque diziam que estava estragado e mandaram-me preparar um prato de um dia para o outro. Ele sabia que o frango tinha sido feito de véspera e agiu como se não soubesse. Foi uma grande armadilha. Correram comigo do restaurante. Quando voltei para filmar, estava tudo imundo.»
Desconte com o resultado obtido após a passagem do programa pelo seu restaurante, Manuel Canela acusa Ljubomir Stanisic: «Ele sobrevive à conta do nosso fracasso e necessidades. Mas não era um chef daqueles que vinha mudar a minha vida. Quero é que ele tenha muita sorte». Os meses seguintes foram de extrema dificuldade. «Foi avassalador economicamente mas entendi que queria fazer as obras à minha maneira, e fiz! Passei dificuldades. Imagine, tive a casa fechada e, para além disso, são 4 ou 5 cabeças a comer, empregados a quem tenho que pagar…»
Pesadelo na Cozinha. Mais de metade dos restaurantes fecharam
