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Diogo Infante emociona-se ao recordar a mãe e a avó e fala sobre a adoção do filho

Vanessa Jesus
4 min leitura
TVI

Diogo Infante foi o convidado deste sábado, dia 6 de fevereiro, de Manuel Luís Goucha, no ‘Conta-me’. O ator falou sobre a sua carreira profissional, recordou a morte da mãe e da avó e falou sobre o filho adotivo.

Carreira Profissional

Diogo Infante é ator, mas também encenador. Porém, o artista garantiu que quando tem apenas o papel de interpretar sabe estar no seu lugar e respeitar os encenadores.

Tento-me colocar no meu papel. ‘Diogo aguenta-te, Diogo ouve’. Levanto questões. Tu mandas-me fazer uma coisa e eu pergunto porquê. Eu proponho, se o encenador não gostar eu respeito e ponho-me no meu papel“, respondeu Diogo Infante, garantindo que hoje em dia os atores e encenadores falam abertamente sem problemas.

“Às vezes são os atores medíocres que se poem em bicos de pés e isso é que é o problema”, acrescentou. Segundo o ator, fazer peças é uma batalha que nunca está ganha: “Somos um pouco atirados aos leões, nós temos que provar aqui e agora que somos capazes”. 

No entanto, emociona-o o facto de haver fãs que passados vários anos o encontram e lhe agradecem por terem tomado decisões importantes graças a uma personagem sua ou uma peça.

A paixão pela interpretação nasceu em criança e confirmou-se com a idade. Aos 15 anos tomou a decisão de ser ator, aos 17 entrou para o teatro amador e aos 21 para o conservatório.  No entanto, precisava de ajudar a avó e a mãe e arranjou outro trabalho durante um tempo.

Diogo Infante Conta-Me Tvi 2

Morte da avó e da mãe

A avó morreu com 90 anos e Diogo Infante encarou como algo natural. Com a mãe já não foi bem assim. “A minha mãe partiu cedo de mais. A minha mãe morre em setembro e o Filipe (filho) aparece em janeiro. Não tive tempo para fazer aquele luto. Durante muito tempo falava com ela na minha cabeça porque a sentia presente, mas deixei de o fazer para poder partir“, contou.

Diogo Infante confessou ter pena do Filipe não ter conhecido a avó, mas ainda hoje fala muito nela. O facto de ter sido criado por duas mulheres ensinou-a a conhecer o universo feminino e a respeitar os mais velhos. A Eunice Muñoz não poupa nos elogios. “Este país não trata bem os seus velhos”, atirou.

Diogo Infante Conta-Me Tvi 4

Amor pelo filho

Diogo Infante recordou que só conheceu o pai em adulto. Apesar de hoje não terem uma relação de “pai e filho” dão-se bem. Decidiu ter um filho e há 11 anos adotou Filipe, na altura tinha sete anos.

“Foi a melhor decisão que tomei”, garantiu, informando que o processo demorou 9 meses.  “Quando me telefonaram comecei logo a chorar. Foi como se tivessem dito: ‘o seu filho nasceu’. Liguei ao Rui e disse: ‘Vamos ser pais‘”, recordou.

Assim que o viu ficou preocupado com o que o menino estava a pensar, mas deram-se logo bem. Durante seis meses foram avaliados e o processo de adoção foi autorizado.  “Foram 11 anos maravilhosos. Ele é muito protetor de nós os dois. É um ser luminoso e especial“, rematou.

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