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Desabafo em dia de Nossa Senhora de Fátima: “A fé tende a ser bastante maltratada”

Duarte Costa
3 min leitura
Instagram

Ana Garcia Martins, conhecida também como ‘A Pipoca Mais Doce’, recorreu à conta que gere na rede social Instagram para fazer um longo desabafo sobre a fé. O texto foi escrito na véspera do dia de Nossa Senhora de Fátima, que se assinala esta quarta-feira, em Fátima, sem a presença dos habituais milhares de peregrinos.

“A fé tende a ser bastante maltratada. Por quem não a percebe e, sobretudo, por quem não lhe sente a falta. A fé não é cool e, por isso mesmo, é ótima para ser tratada com desprezo, condescendência, ridicularizada, mesmo por aqueles que, em todas as outras áreas, se afirmam como os mais tolerantes e inclusivos”, começou por escrever a blogger nessa mesma publicação.

“Não percebo bem o quase-ódio à religião, a forma como os crentes são vistos. Porque ou somos uns fracos de espírito que precisam de acreditar em coisas intangíveis para levar a vida para a frente, ou pouco instruídos, ou conservadores, ou inocentes, ou uma lista que não acaba. Não percebo no que é que ter fé incomoda quem não a tem, sobretudo se não prejudica, mas incomoda”, continuou.

“Há quase sempre aquele desdém implícito quando alguém se afirma crente. Ao ponto de, muitas vezes, ter sentido vergonha em dizê-lo. A minha fé não é uma bandeira que hasteie por aí. É minha, vivo-a à minha maneira, não pretendo evangelizar ninguém e nem é um tema que traga à baila muitas vezes. Não pela tal vergonha – que já não sinto -, mas porque sei que é preciso escolher as batalhas em que nos queremos meter e há coisas que não merecem o desgaste de uma discussão”, acrecentou ainda a comediante.

Perto do final do texto, um desafio: “Não vou convencer ninguém a ter fé, ninguém conseguirá tirar-me a que sinto, por isso está tudo bem. Há cinco anos fiz a minha primeira peregrinação e foi das experiências mais avassaladoras da minha vida. Digo muitas vezes que mesmo os descrentes deviam peregrinar uma vez que fosse, porque o que acrescenta à nossa bagagem é incomensurável”.

Por fim, recordou o dia em que chorou ao chegar a Fátima. “Até podem chegar ao fim com a mesma fé que começaram – nenhuma – mas dificilmente sairão de coração vazio. Há exatamente cinco anos cheguei a Fátima e chorei como uma criança. E comovi-me até aos ossos com a Procissão das Velas. Hoje, muitos peregrinos não chegaram ao seu destino, mas todos sabem que não há caminho. O caminho faz-se andando”, completou.

Na caixa de comentários, foram vários os fãs que concordaram com todas as palavras escritas por Ana Garcia Martins.