Dalila Carmo regressou recentemente à televisão depois de gravar Sinais de Vida, a série emitida pela RTP. Em entrevista à TV Guia, a antiga atriz da TVI, fala além da sua vida pessoal e de outros desafios profissionais, da sua saída e da relação com a estação de Queluz de Baixo.
Um ano depois de cessar o contrato que a ligava à TVI, a atriz além de gravar em três meses a série para a estação pública ainda participou no filme Florbela mas garante nunca ter estado cansada de fazer novelas: «Fiz durante muitos anos e passei de umas para as outras. Não se trata de cansaço,mas precisava de evoluir», e acrescenta: «Não quer dizer que não volte a fazer uma ou outra, mas com intervalos grandes».
Para a atriz o género ainda têm muito para evoluir e aponta falhas às produções em Portugal: «Temos que investir mais ao nível dos conteúdos. Por mais que eu goste de novelas há coisas que não resultam. É impossível a um autor esticar por 180 episódios um personagem se as situações se repetirem…», no entanto, não esquece alguns dos trabalhos que realizou na TVI, «já me senti muito realizada como aconteceu com o Ninguém Como Tu e Tempo de Viver. O Rui Vilhena escreve personagens com complexidade que me davam gozo, pessoas que me davam luta», confessa.
Sem trabalho em novelas desde a participação como Sofia Almeida na novela da TVI, Sedução, a atriz não esconde o alívio por ter deixado a estação de Queluz de Baixo: «Foi um alívio para toda a gente (risos). Se a TVI apostar noutros formatos… mas como atriz precisava de espaço para me expandir». Confrontada com a relação que mantém com o canal, Dalila confessa: «Eu fui sempre tão sincera. Nunca os traí, nunca os enganei e sempre lhes disse todos os meus planos de vida. Nunca saí de projectos a meio, como outras pessoas fizeram. Eu sempre abri o jogo. Fui transparente. E depois, era inevitável…», conclui.
