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Cristina Ferreira defende causa na Assembleia da República: “Que se faça o debate!”

Carolina Pereira
6 min leitura
Revista Cristina/Instagram

Esta manhã, Cristina Ferreira revelou que o dia ia ser “muito importante”.

Na manhã desta quinta-feira, 2 de fevereiro, Cristina Ferreira afirmou que o dia ia ser importante, mas não revelou quaisquer detalhes. Entretanto, durante a tarde, a diretora de Entretenimento e Ficção da TVI revelou o significado da sua afirmação.

A 13 de janeiro de 2021, deu entrada na Assembleia da República a petição “Contra o ódio e a agressão gratuita na Internet”, que a apresentadora assinou e que, mais de um ano depois, foi finalmente discutida.

O tema ganhou uma maior dimensão aquando do lançamento do livro de Cristina Ferreira, ‘Pra Cima de Puta’, em novembro de 2020, sobre os comentários ofensivos que recebe nas redes sociais e de que foi alvo nesse mesmo ano, durante o processo de mudança da SIC para a TVI.

A petição foi discutida por uma comissão parlamentar, onde a comunicadora esteve presente. “Que se faça o debate“, escreveu num instastory, onde partilhou uma foto junto à Assembleia da República, a erguer o seu livro.

“Deveria ser pensada uma entidade reguladora das redes sociais

Cristina Ferreira fez-se acompanhar pelo editor do referido livro, Rui Couceiro, e defendeu a criação de uma entidade que regule a internet: “Deveria ser pensada uma entidade reguladora das redes sociais, no mínimo, para que as pessoas de alguma forma pudessem ter um local onde se pudessem dirigir caso se sentissem ameaçadas, difamadas, injuriadas, o que quer que seja, através dos outros nessas mesmas redes sociais“.

A apresentadora considerou que as redes sociais são um “território sem lei” e explicou por que sugeriu esta entidade, que deve discutida em plenário.

A ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social] não tem, a meu ver, para já, qualquer atividade na regulação das redes sociais, nem em muito dos sites que, de alguma forma, alguns deles, pretendem ser noticiosos e sabemos muito bem que não são e que continuam a comprometer todas as leis do jornalismo, tentando fazer notícias insidiosas com os seus títulos – e aqui eu já estou na minha vertente de figura pública, que sou visada nessas mesmas notícias“, referiu.

Cristina Ferreira sublinhou que é necessário proteger a “cidadania” de quem lê e vê notícias “e que não têm uma capacidade total de discernimento, de perceber o que está a ser dito e pela forma como está a ser escrito nesses mesmos sites”, afirmando ainda que muitas vezes é confundida a “liberdade de opinião com liberdade de agressão“.

Tanto Sofia Matos, deputada do PSD, como Isabel Moreira, do PS, louvaram a iniciativa, uma vez que também os deputados são também alvos de mensagens insultuosas diariamente: “Estamos aqui para colaborar“.

Pode ver a audição de Cristina Ferreira na Assembleia da República aqui.

“Avançar para plenário deixa-me feliz”

Horas mais tarde, Cristina Ferreira voltou às redes sociais para destacar um importante momento que viveu esta tarde, junto da comissão parlamentar que a ouviu atentamente.

“O debate chegou hoje à assembleia da república. Fui recebida em comissão parlamentar para defender a petição assinada por mais de 50 mil pessoas na sequência do lançamento do livro cuja temática assenta na disseminação do discurso de ódio na internet”, começou por escrever.

“A discussão foi feita com representantes dos vários partidos com assento na assembleia e segue para plenário em breve. A tipificação do crime de ofensa nas redes sociais e a criação de uma entidade reguladora foram alguns dos pontos por mim defendidos nesta comissão. A liberdade de expressão não pode ser confundida com a liberdade de agressão“, sublinhou.

A necessidade de debate e regulamentação foi referida por todos como premente e, por isso, avançar para plenário deixa-me profundamente feliz e convicta de que a minha voz está a ser usada num tema da mais profunda relevância social“, acrescentou.

Por fim, Cristina Ferreira afirmou que “nas redes sociais somos todos figuras públicas” e que, sem regulação, os insultos multiplicarão. “Um espaço de socialização importantíssimo para não ter um olhar célere e capaz de prevenir futuros danos geracionais. Hoje foi um dia importante“, concluiu.

Bernardo Sousa ficou radiante com a notícia e não tardou em reagir: “Agora é que são elas! Vão acabar os reis do teclado!“. Marta Gil acrescentou: “Porra!! Falem agora mas falem bem alto!! Aiiiii!! Porra! OBRIGADA“. Flávio Furtado notou também: “É caso para dizer: p*%#£ que pariu! Finalmente“.

Leia também: “A Cristina Ferreira não se sacrifica pela estação que lhe paga 200 mil euros por mês?”

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