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Cristina Ferreira cala oposição interna na TVI

A Televisão
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O arranque de ‘Festa é Festa’ não foi fácil: recusa de atores, elenco reduzido, custos baixos e ainda descrédito de algumas figura de peso da TVI. Cristina Ferreira tem o seu primeiro projeto vencedor desde que regressou ao canal de Queluz.

Depois de oito meses após o seu regresso à TVI, Cristina Ferreira conseguiu colocar um produto de ficção — Festa é Festa — na liderança das audiências, e o primeiro que cria de raiz.

Mas o começo de ‘Festa é Festa‘ não foi fácil. Segundo a TV 7 Dias, a ideia não foi consensual no seio da TVI e da produtora Plural. “Ninguém disse taxativamente que não acreditava no projeto, não é assim que as coisas acontecem neste meio. Notas é que muitas das pessoas que decidem não se entusiasmaram muito a falar dele. Foi isso que aconteceu, desvalorizaram. Acho que haveria até quem queria que ela [Cristina Ferreira] se espalhasse ao comprido”, conta uma fonte da TVI ligada à criação da trama à referida publicação.

O autor escolhido também foi alvo de alguma desconfiança. “O Roberto Pereira é alguém que não era creditado nesta ficção, até porque ele era conotado mais com a ficção ligada à comicidade, a sedados cómicos. Não era um produto que apresentava um elenco com estrelas…”

“A Cristina e o João Patrício são os grandes impulsionadores de Festa É Festa, conta uma outra fonte, afirmando que “o autor Roberto Pereira e o realizador, Tó Correia, não hesitaram em dar-lhe vida, juntamente com a Gabriela Sobral e, mais tarde, o Joaquim Nicolau, que foi chamado para dirigir os atores. Para além deles, nunca houve muito entusiasmo de algumas das pessoas que mandam na TVI”, frisa.

Ao fim de uma semana sempre a liderar, perdeu na segunda, dia 3, mas voltou a ganhar nos dias seguintes, Cristina Ferreira pode finalmente respirar da pressão das audiências. “Nestas coisas já se sabe, há quem não tenha dito nada no início, mas agora que até ganhou, é hora das palmadinhas nas costas“, conta quem assistiu de perto a tudo. “Se a escolha da Cristina não tivesse vingado, ai os que se calaram diziam logo: ‘Eu avisei!’. Ainda não foi desta”, remata.

Esta mesma fonte assume que Cristina Ferreira não sai isenta de alguns erros: “Devia ter-se resguardado mais. O trabalho de apresentadora deu-lhe uma exposição maior, que acabou por prejudicá-la.”

‘Festa é Festa’ foi pensada em dezembro de 2020, e quatro meses depois estava a estrear. Este curto intervalo de tempo não foi tarefa fácil, sobretudo na formação do elenco. “A estratégia inicial foi ir à concorrência buscar alguns atores que encaixavam no perfil da história que se queria contar”, diz uma das fontes à Tv 7 Dias.

Mas enquanto formavam o elenco, receberam algumas respostas negativas, como foi o caso do Fernando Rocha, que estava pensado para o papel de Bino, um dos protagonistas. “Ir buscar à concorrência nem sempre é boa ideia, mas cai-se muitas vezes nesse erro. Mas esse erro acabou por obrigar quem escolheu o elenco a dar um passo atrás para dar dois em frente”, continua.

O orçamento também foi outra das dificuldades. “Ao contrário de outras produções, Festa É Festa não teve muito dinheiro para contratar e isso também criou problemas, porque de facto os valores que podiam oferecer aos atores baixou”, explica.

Quando ao inesperado sucesso da trama que é uma ideia de Cristina Ferreira, uma fonte ligada à produção revela que a simplicidade é uma das grandes causas. “Não houve tempo para ter uma trama complexa e isso é que a salvou. O que salvou este projeto foi a simplicidade do mesmo. É uma história que não coloca o telespectador em apuros, a tentar perceber esta história, e há uma identificação com o real”, diz.

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