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Cláudio Ramos sobre Sónia Jesus: “Acredito que a Sónia não soubesse de nada e foi sacrificada na Internet”

"Piamente acredito que uma pessoa que vê acontecer isto à família pensa ‘eu fiz tanto mal, se calhar, vou entrar por um caminho direito’."

Ana Ramos
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A condenação de Vítor Soares, companheiro de Sónia Jesus, foi comentada, esta sexta-feira, na rubrica de atualidade criminal do “Dois às 10”, na TVI. Cláudio Ramos disse acreditar na ex-concorrente do “Big Brother”.

“Eu, não sendo psicólogo e não tendo analisado de maneira nenhuma, só de perceber que esta pessoa viu um filho nascer e ele estava na prisão”, começou por dizer o apresentador. A advogada Sofia Matos interpelou: “Deixe-me só dizer-lhe uma coisa… um indivíduo que é condenado e reincide na prática do mesmo crime, acha que aprendeu?”.

“Uma coisa é eu fiz ali uma asneira, ninguém sabe. Eu volto a fazer uma asneira e ninguém sabe. Sou preso, mas ninguém sabe. Outra coisa é: A Sónia foi sacrificada por causa dele. Eu acredito que a Sónia não soubesse de nada e foi sacrificada na Internet”, defendeu Cláudio Ramos.

“Quem foram sacrificados foram as famílias dos consumidores. Esses é que foram sacrificados, esses é que são as vítimas”, comentou Paulo Santos, outro dos comentadores. “E, se a Sónia não souber, é também sacrificada. Ela não sabe”, continuou Cláudio Ramos.

Paulo Santos acredita que Sónia Jesus “é vítima das circunstâncias”. “Eu não estou a defender o Vitó e não vou defender nunca ninguém que faça tráfico de droga”, esclareceu Cláudio Ramos.

“Claro que eles são vítimas, óbvio que são. Eu tenho uma filha, jamais queria que isto acontecesse. Eu posso, como cidadão, acreditar que a Sónia, não sabendo, também é vítima do marido, que ela depois escolhe ficar do lado dele. Ótimo! E as filhas tiveram escolha? Não tiveram. As filhas não são sacrificadas também nisto? Foram injustamente crucificadas”, acrescentou Cláudio Ramos.

“Quem é que tem de pensar nisso? É você, eu, a comunicação social, o país inteiro ou é uma pessoa que não conhece as suas obrigações enquanto cidadão e pai? Um pai que tem de pôr pão na mesa. Todos nós sabemos que são tempos difíceis. Trabalha três e quatro turnos e daquilo e o outro para pôr pão na mesa. Isto é ganhar dinheiro fácil, à custa da destruição do ser humano”, declarou Sofia Matos.

“Eu piamente acredito que uma pessoa que vê acontecer isto à família pensa ‘eu fiz tanto mal, se calhar, vou entrar por um caminho direito’. Eu acredito”, sublinhou Cláudio Ramos. “Esse é o princípio do direito penal também, que é a ressociabilização”, completou Sofia Matos.

“Mas nós não conseguimos determinar, nenhum de nós que está aqui, nem eu – só se ligar o achómetro e não faria de mim psicóloga – se, de facto, isso [prisão preventiva] foi suficiente para provocar essa mudança”, rematou a psicóloga Vera de Melo.

Veja aqui uma parte do programa e saiba mais aqui sobre a condenação de Vítor Soares.