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Cláudio Ramos em lágrimas com testemunho de médico sobre a Covid-19

Vanessa Jesus
3 min leitura
TVI

Ricardo Batista Leite esteve no ‘Dois às 10’, esta segunda-feira, e acabou por deixar Cláudio Ramos em lágrimas com o seu testemunho sobre o drama da pandemia da Covid-19.

Cláudio Ramos não conteve as lágrimas em direto no ‘Dois às 10’. O médico e deputado na Assembleia da República revelou o drama que viveu no Hospital em Cascais e o apresentador ficou comovido.

Ricardo Batista Leite fez um testemunho nas redes sociais, este domingo, que se tornou viral onde relata o desespero dos profissionais de saúde (ver aqui). Esta segunda-feira, no matutino da TVI, falou com Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz sobre o ambiente nos últimos dias no hospital de Cascais.

No sábado estava um médico, a liderar a equipa com uma frieza extraordinária, era um general no campo, e olhávamos caso a caso, as dezenas de casos que nos estavam a ser passados, e a determinar um plano para cada um deles. A dizer: estes são prioritários, estes vão a seguir. Não podemos fazer mais do que um de cada vez”, começou por contar.

Esta objetividade, esta racionalidade que ele tem ali, traduz-se depois na parte emocional quando chega a casa. Cada um de nós sabe como é que chega a casa, como é que chegamos às vezes ao carro, quando fechamos a porta e desligamos o momento”, acrescentou.

“Até ao final do mês não há grandes hipóteses. O mal está feito. Por mais que façamos a partir do dia de hoje, o vírus está disseminado. Este é o drama da Covid-19. Quando implementamos uma medida, demoramos duas semanas a ver o seu efeito. Mas, se não vamos a tempo de salvarmos mais vidas em janeiro, vamos fazê-lo para fevereiro, começando já. Há o dia a seguir, as coisas vão melhorar se todos fizermos a nossa parte”, disse ainda o médico, deixando o apresentador do ‘Dois às 10’ em lágrimas.

Ouvi-lo deixa-me emocionado. Emociona-me ver aquelas pessoas que estão a trabalhar para nós, e que não valorizamos, que nos esquecemos. E disse aí uma coisa muito importante, eles não podem estar sozinhos no campo de batalha. Nós temos que fazer a nossa parte. Porque se não eles estão a fazer um trabalho inglório, e são pessoas como nós. Tem um filho de quatro anos em casa, que fica em casa quando vai trabalhar. Obrigado”, rematou Cláudio Ramos.

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