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Cláudio Ramos assume que não era valorizado na SIC: “É muito ingrato. Não nos valorizam”

Vanessa Jesus
4 min leitura
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Cláudio Ramos quebrou o silêncio e falou de verdade sobre a sua saída da SIC, em entrevista à Rádio Comercial. O apresentador confessou que não era valorizado na estação de Paço de Arcos e considerou “ingrato” nunca lhe terem dado a oportunidade que ambicionava. 

O anfitrião do ‘Big Brother 2020’ começou por confirmar que a SIC não recebeu bem a sua demissão. “Nenhuma empresa iria receber bem, porque eu sou um ativo bom. Não tenho nenhuma modéstia em dizer que sou um belíssimo ativo nisto que é fazer televisão. Um bom ativo é uma pessoa que é pau para toda a obra, que consegue fazer tudo e não deixa os diretores defraudados. Na SIC, fiz tudo durante 18 anos de casa”, começou por dizer.

Cláudio Ramos lamentou ainda a Ana Martins e Rui Maria Pegô nunca ter tido a oportunidade de mostrar o que consegue fazer sozinho.

É muito ingrato! É muito ingrato. Acho que não nos valorizam. As pessoas não têm noção quando dizem: ‘Ah, saiu. Ingrato. Estava tão bem.’ As pessoas não sabem o que é estar numa estação de televisão onde se acorda todos os dias às 7 da manhã durante 18 anos e, nos últimos cinco anos, durante três dias da semana, sair da SIC à meia-noite e meia. sendo que num dos dias [quarta-feira] eu nem sequer saía do estúdio, porque fazia um programa de manhã [Queridas Manhãs e, no último ano, O Programa da Cristina, ambos da SIC], outro programa à tarde [Contra Capa, SIC Caras] e dois programas à noite [Passadeira Vermelha, SIC Caras]”.

Porém, salientou que nunca foi obrigado a fazer nada e apenas aceitava com a esperança que um dia lhe dessem uma oportunidade. “Eu enviei propostas, eu fiz pilotos, eu paguei do meu bolso uma série de coisas para que as coisas resultassem e não resultaram. Eu saí da SIC porque eu não tinha como crescer“, afirmou.

Quanto ao programa da Cristina Ferreira, recorda que assim que foi convidado não havia “quase papel” para si e, por isso, não quis aceitar o desafio. Durante alguns dias manteve a opinião que ia recusar o desafio, até que um dia tudo mudou.

Estou ali uma semana para dar a resposta e, um dia, do nada, chego a casa, abro a varanda da sala e a janela da cozinha. Faz-se uma corrente de ar e a estante, que não estava presa e continua a não estar, cai. Os livros da estante caem todos em bloco. Houve um livro que não caiu. Era o livro da Cristina Ferreira“, recorda.

Acabou por aceitar mas no início não foi muito fácil.  “O ego é uma coisa complicada. Todos temos ego e, na televisão, é complicado. Eu tenho o meu ego, sou uma pessoa como as outras. […] Cheguei a ir a’O Programa da Cristina só abrir uma porta. Eu lembro-me de me chamarem um dia e eu fui abrir só a porta ao Abel Xavier“, realçou.

Oiça aqui a entrevista na Rádio Comercial