Luís, Bruno e André Filipe saíram do “Big Brother – A Revolução” após problemas psicológicos. Saiba tudo o que se passou dentro da casa mais vigiada do país antes de a abandonarem e o relato impressionante da mãe de André Filipe.
A edição apelidada de “A Revolução” tem sido marcada por situações polémicas, que resultaram na saída imprevista de três concorrentes nos primeiros 10 dias. Dois por motivos psicológicos e um por quebra das regras do jogo. No entanto, pouco se sabe do que realmente aconteceu antes da saída de Luís, Bruno e André Filipe, um dos mais casos mais complicados até ao momento — continua internado no hospital há mais de uma semana —, agora sabe-se, através de relatos dos colegas das casa, o que realmente aconteceu na mansão da Ericeira e como a produção reagiu perante os acontecimentos.
Bruno foi isolado por poder ser um perigo para os colegas
Bruno abandonou o formato na madrugada do dia 19. O jovem passou quatro dias no bunker, e juntou-se aos colegas na casa no dia 16, mas com uma missão, em que desempenhava o papal de infiltrado. De acordo com Rúben, o primeiro concorrente a ser expulso pelo público, os colegas repararam que Bruno andava preocupado.
“Ele dizia que estava a sentir muita pressão, não queria que nós pensássemos mal dele, não nos queria magoar. Perguntávamos porquê e ele dizia que não podia dizer. Quando ele estava no bunker, nós para ele éramos peças. O Bruno, quando entra na casa e convive connosco, deixamos de ser peças. Ou seja, o papel que ele ia desempenhar já não conseguiu, porque gostou de nós“, revela Rúben à TV 7 Dias.
Sobre o que aconteceu antes da saída de Bruno do “Big Brother” — a TVI não emitiu as imagens —, Rúben: “A cabeça dele já não estava a pensar muito bem. Desorientou-se e desmaiou algumas vezes. (…) O Bruno nunca partiu nada. A única coisa que ele fez na noite anterior foi tirar comida da despensa e espalhar pela cozinha toda, depois disso jogou-se à piscina. Ele já estava completamente desequilibrado, já estava com alguns desmaios.”
A produção nada fez perante esta situação e só interviu a pedido dos concorrentes. “Nós pedimos à produção para entrar na casa. Fecharam-nos no quarto, e depois a produção foi ter com ele e tirou-o. (…) Ele nunca foi agressivo com ninguém, mas, devido à imprevisibilidade dos comportamentos dele, acabámos por nos fechar todos no quarto e a produção tirou-o de lá“, garante Rúben à referida publicação.
Que na ótica, Bruno “das duas uma, ou é uma pessoa fraca psicologicamente ou é uma pessoa que já vem quebrada lá de fora. Porque uma pessoa minimamente saudável psicologicamente não quebra daquela maneira“.
A revista questionou Teresa Paula Marques, psicóloga e ex-comentadora do Big Brother 2020, em que explica que estes acontecimentos não acontecem em ataques de pânico, mas sim “num surto psicótico pode eventualmente não se lembrar”.
Luís Magalhães entrou com problemas psicológicos
Já a saída de Luís Magalhães, foi por te cedido psicologicamente por outros motivos. De acordo com o ex-concorrente Rúben, o jovem de Penafiel foi-se abaixo por “causa da pressão que houve entre ele e o André, porque o André o acusou de coisas que ele não fez. Ele, ao sentir-se injustiçado, revoltou-se. Mas eu acho que ele revoltou-se demais e quebrou. Eu chego à conclusão que o Luis ou não é uma pessoa com inteligência emocional e não é uma pessoa forte psicologicamente, ou já veio quebrado para a casa, já veio com défices no seu psicológico”.
“0 Luís estava fora de si. Era uma pessoa que já não conseguia falar sem gritar, tudo já o incomodava, qualquer tópico de conversa já o incomodava, já estava completamente desequilibrado. Esses foram os sinais nas últimas 24 horas em que ele esteve lá em casa”, garante Rúben.
Depois de abandonar o “Big Brother – A Revolução”, Luís foi encaminhado para o Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria. No dia seguinte, teve alta e foi para casa.
O surto psicótico de Andre Filipe
O caso mais grave até ao momento, prende-se com André Filipe, que foi expulso do “Big Brother”, no dia 23, por “comportamento do concorrente incompatível com as regras do programa“, esclareceu a Endemol.
O jovem do Barreiro mandou mobiliário e um extintor para a piscina, arrancou interruptores, escreveu nas paredes do jardim, entre outros comportamentos. Tudo aconteceu na última noites antes da sua saída e de a produção o ter colocado no Junker com Diana. O que não se sabia é que esta medida preventiva foi sugerida por Diana.
Em declarações à TV 7 Dias, a concorrente expulsa do “Big Brother – A Revolução” no passado domingo, explica que, como era “uma pessoa que o André tentava respeitar, sugeri um dois em um, que era ele passar a noite no bunker comigo, até porque os colegas cá fora também estava bastante agitados com o comportamento dele, e seria a maneira de estarmos mais isolados e ele ter tempo para descansar em condições e melhorar um bocadinho. Eu sugeri porque achei que lhe iria fazer bem, e a produção disse que sim, que era uma boa ideia, e acabámos por passar a noite no bunker“.
“Ele já não dormia há imenso tempo. Se calhar, em dois dias, ele deve ter dormido duas ou três horas, se tanto. Queria muito que ele adormecesse e fui com a intenção de ver se ele passava uma noite de sono, e poderia ser que ele acordasse melhor no dia seguinte. Quando fomos para lá, ainda pensei que ele adormecesse, mas depois ele acordou novamente e realmente não estava bem, continuava a estar muito agitado por causa do jogo, até ao ponto em que lhe disse para irmos dormir para o sofá. Acabou por adormecer e até estava a ressonar bastante“, acrescentou Diana, ex-concorrente do “Big Brother – A Revolução”.
Mas André Filipe acabou por expulso do programa no dia seguinte. A namorada, Margarida Caeiro, foi a primeira a chegar à Ericeira. Pouco depois, chegaram também a mãe, Hélia Monteiro, o tio paterno e uma amiga.
André Filipe continua internado no hospital, e Hélia contou que o filho irá permanecer pelo menos mais uma semana no hospital do Barreiro. Sobre a atitude que a TVI e a Endemol tiveram com o concorrente, sobre o facto de ter sido expulso por comportamentos inaceitáveis e ter mostrado as imagens do filho, Hélia Monteiro não poupa nas críticas.
“Agora, quero ver como se vão desenvencilhar desta situação. Até porque a primeira parte é o tratamento do André em relação a esta situação que está a acontecer, depois é cair na realidade de que está fora do jogo, porque ele pensa que está em jogo. Neste momento, ele está proibido de ter acesso às redes sociais pela psicóloga, tanto que eu deixei o telemóvel dele na vizinha e vou dizer que a produção ainda não entregou”, começa por revelar à TV7 Dias.
“A terceira fase é a imagem dele cá fora. Ele entrou com um objetivo de ser um protagonista no bom sentido, mas foi no mau sentido. Agora, dizem que o André vai-se defender, mas porque é que ele tem de se defender? Se eles viram que as coisas já estavam fora de controlo, não podiam ter feito logo alguma coisa? Até porque eu liguei um dia antes para o ir buscar e eles disseram que estava tudo bem com o André, e não estava, e isso para mim é grave“, acrescenta.
“Se mostram imagens do André, porque é que não mostram imagens dos outros? Não entendo porque é que o fizeram. Não acho aceitável“, remata.
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