O novo coronavírus tem provocado várias mudanças em todos os segmentos da sociedade e o meio televisivo não é exceção. Já existem vários programas cancelados ou adiados e o Big Brother já está também na lista.
“Vamos atrasar a estreia do Big Brother 2020. Não colocámos uma data porque não nos parecia responsável fazê-lo neste momento e devo dizer que a decisão em si foi simples porque é a decisão que se impõe, é a decisão acertada, é a decisão mais adequada”, revelou Nuno Santos, Diretor de Programas da TVI.
O responsável salientou ainda que o processo é muito complexo. “Toda a ação está dentro de uma casa onde estão 20 pessoas, mas na verdade há uma equipa à volta que tem cerca de 150 profissionais, portanto, não era possível, não era sensato, nem adequado”, defendeu.
“Os participantes têm um protocolo de segurança que nós seguimos desde o início da crise e estão rastreados e é fácil fazer um segundo momento desse rastreio”, no entanto, “há este envolvimento e foi preciso proteger este conjunto de pessoas na linha daquilo que temos feito, não só nós na TVI, mas outros canais em Portugal”.
Nos próximos dias, o número de pessoas que vão estar em casa vai aumentar devido ao Covid-19. “Nós vamos ter muito mais pessoas em casa, pessoas que querem ter a informação daquilo que está a acontecer, mas também é importante respirar”, acrescentou.
“Vamos procurar esse equilíbrio entre dar toda a informação que os cidadãos precisam, mas permitir que eles respirem, que nós respiremos”, salientou o responsável.
Nuno Santos revelou, em direto, no Jornal da Noite, que se tudo estivesse a correr na normalidade, estaria, esta noite, em Atenas, a ver a estreia do Big Brother Grego, que, entretanto, também foi adiado.
“A decisão que nós tomámos agora é simples porque é a mais adequada. Tempos excecionais, medidas excecionais. Foi muito simples dizer vamos esperar, vamos avaliar e anunciaremos a seu tempo quando é que vamos arrancar para arrancarmos bem”, revelou.
O diretor de programas da TVI deixou ainda uma mensagem de esperança aos portugueses: “Vamos viver agora um momento muito difícil, todos, mas devemos olhar com esperança para os dias que temos pela frente e achar que esses dias vão ser felizes”.
