Ana Sofia Cardoso arrepiada: “Foram as últimas palavras que ouvimos desta mulher”

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Ana Sofia Cardoso recordou, na passada segunda-feira, duas mulheres que conheceu quando esteve na Ucrânia, ao serviço da CNN Portugal. Uma delas, a mais velha, lamentou o facto de “não ter uma casa onde possa morrer”.

Ana Sofia Cardoso esteve na Ucrânia, numa fase mais inicial da guerra contra a Rússia, e conheceu duas mulheres das quais não se consegue esquecer. Uma delas, mais jovem, teve de fugir para não ser violada pelas tropas russas. A outra, mais velha, teve de se esconder num bunker e, no final da reportagem assinada pela jornalista da CNN Portugal, fez um desabafo impressionante. “Não tenho uma casa para morrer“, lamentou.

Cerca de cinco meses depois, Ana Sofia Cardoso recordou esse trabalho jornalístico que permanecerá para sempre na sua memória. “Nos oito meses de guerra na Ucrânia, recordo duas mulheres que eu e o Nuno Machado Mendes conhecemos em maio. Através destes testumunhos, fizemos uma reportagem sobre como o tempo dá uma perspetiva diferente sobre a guerra, a morte e o futuro“, começou por escrever no Instagram.

A mais jovem é uma adolescente que fugiu com a família, por causa do receio de poder vir a ser violada pelas tropas russas. No dia em que a conhecemos, regressou pela primeira vez à escola onde estuda, destruída pelos ataques. Desabou em lágrimas, dizia não perceber o porquê de ela e outras tantas jovens estarem sujeitas ao mesmo receio, ao mesmo sofrimento“, contou.

A mulher mais velha sobreviveu quando a sua casa foi atacada. Estava escondida num bunker, sem quase saber como se conseguiu mover até lá. Mas, se a mulher mais jovem tem muito tempo pela frente, para se recompor, para viver ainda tempos de felicidade, a mais velha confessa que, depois de tudo, o que mais a entristece é o facto de, “depois do ataque, não ter uma casa onde possa morrer”. A frase é de tal maneira impactante, que fez questão de a deixar para o final da reportagem… Aguardou pelo momento da despedida para a confissão. E foram as últimas palavras que ouvimos desta mulher“, lembrou.

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