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Ana Sofia Cardoso arrepiada: “Foram as Ășltimas palavras que ouvimos desta mulher”

Duarte Costa
3 min leitura
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Ana Sofia Cardoso recordou, na passada segunda-feira, duas mulheres que conheceu quando esteve na UcrĂąnia, ao serviço da CNN Portugal. Uma delas, a mais velha, lamentou o facto de “nĂŁo ter uma casa onde possa morrer”.

Ana Sofia Cardoso esteve na UcrĂąnia, numa fase mais inicial da guerra contra a RĂșssia, e conheceu duas mulheres das quais nĂŁo se consegue esquecer. Uma delas, mais jovem, teve de fugir para nĂŁo ser violada pelas tropas russas. A outra, mais velha, teve de se esconder num bunker e, no final da reportagem assinada pela jornalista da CNN Portugal, fez um desabafo impressionante. “NĂŁo tenho uma casa para morrer“, lamentou.

Cerca de cinco meses depois, Ana Sofia Cardoso recordou esse trabalho jornalĂ­stico que permanecerĂĄ para sempre na sua memĂłria. “Nos oito meses de guerra na UcrĂąnia, recordo duas mulheres que eu e o Nuno Machado Mendes conhecemos em maio. AtravĂ©s destes testumunhos, fizemos uma reportagem sobre como o tempo dĂĄ uma perspetiva diferente sobre a guerra, a morte e o futuro“, começou por escrever no Instagram.

A mais jovem Ă© uma adolescente que fugiu com a famĂ­lia, por causa do receio de poder vir a ser violada pelas tropas russas. No dia em que a conhecemos, regressou pela primeira vez Ă  escola onde estuda, destruĂ­da pelos ataques. Desabou em lĂĄgrimas, dizia nĂŁo perceber o porquĂȘ de ela e outras tantas jovens estarem sujeitas ao mesmo receio, ao mesmo sofrimento“, contou.

A mulher mais velha sobreviveu quando a sua casa foi atacada. Estava escondida num bunker, sem quase saber como se conseguiu mover atĂ© lĂĄ. Mas, se a mulher mais jovem tem muito tempo pela frente, para se recompor, para viver ainda tempos de felicidade, a mais velha confessa que, depois de tudo, o que mais a entristece Ă© o facto de, “depois do ataque, nĂŁo ter uma casa onde possa morrer”. A frase Ă© de tal maneira impactante, que fez questĂŁo de a deixar para o final da reportagem… Aguardou pelo momento da despedida para a confissĂŁo. E foram as Ășltimas palavras que ouvimos desta mulher“, lembrou.

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