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Ana Morina rasga Susana Dias Ramos: “A mim faz-me confusão que isto seja permitido”

Duarte Costa
8 min leitura
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Ana Morina esteve à conversa com o A Televisão, esta quinta-feira à noite, e falou sobre a experiência no Big Brother 2021. Pelo meio, criticou a forma como Susana Dias Ramos se referiu a ela nos programas de análise ao reality show, sobretudo quando disse que tinha “fogo na cueca pelo Rafael”.

Ana Morina esteve à conversa com o ‘A Televisão’ e falou sobre a experiência no Big Brother 2021. A ex-concorrente criticou a forma como Susana Dias Ramos se referiu a ela nos “Extras” e “Diários” do reality show.

Já seguias realities?

Eu vi o grande reality show das nossas vidas, o primeiro Big Brother, do Zé Maria, e depois fui acompanhando, mas não era aquela pessoa que parava tudo para ver. Ia tendo curiosidade, porque percebi que era um programa com um potencial muito grande, porque trabalhava com o comportamento humano, e tinha alguma curiosidade nesse sentido.

O que leva uma “mulher livre” a entrar num reality show?

O desafio é brutal e a experiência de ter vivido isto ninguém me tira, mas foi mais difícil do que aquilo que imaginava. O tempo lá demora a passar, mas tinha muita vontade de viver este desafio e esta experiência.

Qual foi o concorrente que mais gostaste?

Enquanto pessoa, a Maria da Conceição. Enquanto jogador, o António Bravo. Mas gostava muito que fosse uma mulher a ganhar, pelos motivos que já todos sabem (…) No Desafio Final, ele está muito diferente. Ele é muito sensível e acho que está a acusar a pressão de o namorado não ter apoiado esta entrada, então está muito apagado e sem muita criatividade. Não é o mesmo nesta edição.

O que pensaste quando entraste na casa?

A primeira coisa que eu pensei… Tu entras naquela casa, levas com um bafo gigante de luzes, focos… E toda a gente já lá estava. E quando de repente vejo toda a gente a dizer olá e a bater palmas, pensei logo o que é que se estava a passar ali… A primeira vez em que se entra ali é assustador. Mas é aquele momento que, um dia, quando for velhinha, vou recordar. E nunca quis desistir.

Entraste focada em ganhar?

Não, porque as variáveis deste concurso são muitas. Não há receita para o ganhar. O prémio era ótimo, mas a probabilidade era muito reduzida. Mas eu sabia que se jogasse contra todos iria ganhar anticorpos e não iria ganhar. Mas fui muito mais longe do que aquilo que imaginava.

Houve algum momento em que tivesses pensado em ser só a Ana Morina?

Na última semana há um momento em que eu chamo ao Bruno de meu anjo. Nessa semana eu começo a acusar cansaço e começo a desmontar. E quando começo a desmontar, começam a sair várias coisas. Aliás, o Bruno já andava a tentar fazer as pazes e eu não queria, porque ele era a minha melhor contracena… E há um momento que me custou horrores, no Halloween… Eu disse-lhe “desaparece”… Não podia. Mas naquela última semana aquilo saiu-me e entretanto acabei por sair. O Rafael não tem tanto argumento com o Bruno, mas ele sim. Era a pessoa com a qual eu mais gostava de trocar “impressões”.

“É possível comentar o Big Brother sem pegar em expressões ordinárias”

Eu não tinha noção do quão difícil estava a ser para a minha família, para o meu filho, para os meus amigos. De repente, ligas uma televisão, um Extra, e vês comentadores a falarem de uma pessoa com palavras que espera aí… Foi muito difícil! Insultos nas redes… E eu não fazia a mínima ideia. Há um jogo cá fora e outro lá dentro.

Achas que é possível comentar o Big Brother sem tantos excessos?

Eu acho que é possível comentar o Big Brother sem pegar em expressões ordinárias, juízos de valor errados e sem se saber o que é que se está a dizer. Eu posso dizer que uma pessoa está fragilizada sem dizer que ela é medricas, cobarde… Eu tenho comentários de um Extra, ditos por uma pessoa que se diz psicóloga, que eu estou com “fogo na cueca” pelo Rafael. Quer dizer… Coisas assim que eu digo assim: mas isto é uma pessoa que está a comentar, uma psicóloga? A mim faz-me confusão que isto seja permitido. Eu posso criticar e dizer o que acho, mas tirar juízos de valor!? Isso para uma mãe, um filho, um namorado…

“Há dois momentos que podiam ter mudado a história”

Houve dois momentos e duas imagens polémicas que a produção não passou. A primeira foi o célebre momento dentro da rulote, quando ouço a Barbosa a insultar a Débora. Isso não foi passado cá para fora. E houve outro momento que eu também soube quando saí, que foi quando ela me insultou a mim, foi chamada à atenção, e isso não foi passado para dentro da casa. São dois momentos que podiam ter mudado a história.

O segredo para uma boa estratégia dentro da casa é só um: estar muito atento a tudo. Mas isso não é possível se estiveres a dançar ou a cantar o tempo todo. Tens de estar sempre a vigiar o que está a acontecer.

A entrevista a Manuel Luís Goucha.

Eu fiquei quase com a sensação de missão cumprida… As pessoas que contam interpretaram bem aquilo que eu estive a fazer.

O futuro.

A representação é uma coisa que posso fazer até ser velhinha. Eu agora quero ver se volto outra vez ao teatro, aqui no Norte… Não a tempo inteiro, porque a nível financeiro é complicado. E um dia mais tarde a ver se faço de avó.

Voltarias a participar no Big Brother?

Não se deve dizer nunca. Tenho uma mãe que me fez prometer que não voltava ao Big Brother, para veres o quão difícil foi, mas tenho um filho a dizer para voltar e para mostrar aquilo que eu sou. Fazer festa. E ser espetacular. Mas eu tenho outras coisas para fazer, outros compromissos, a minha profissão, uma equipa que depende de mim e uma loja para abrir daqui a uns dias em Angola.

Eu tenho alguma pena que não haja oportunidades para quem sai dos realities, mas aprendi que não me posso preocupar com coisas que não posso controlar. Eu fiz a minha parte, atirei-me para o chão, rasguei os joelhos, levantei-me… E sou uma mulher resolvida. A experiência já ninguém me tira.

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