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Alberto João Jardim emocionado em entrevista com Fátima Lopes: “Devo-lhes muito”

A. Oliveira
3 min leitura

O histórico Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, foi o convidado desta semana de Fátima Lopes em Conta-me como És.

Com uma postura descontraída, notória desde o primeiro momento quando pediu a Fátima Lopes para o tratar apenas por Alberto João, o líder político entretanto reformado falou sobre a sua experiência na condução dos destinos da região autónoma da Madeira, os problemas que foi alimentando com a comunicação social e sobre a sua família.

Alberto João Jardim acabou, aliás, a entrevista tecendo rasgados elogios ao formato da TVI e à própria apresentadora, Fátima Lopes. “Foi das melhores entrevista que já me fizeram”, sublinhou o político.

Sobre a exposição mediátia a que foi sujeito, Alberto João é perentório “Não me importo que falem de mim, quem exerceu as funções públicas, está sujeito. Não gosto é de injustiças. Hoje ainda acontece, olho para o espelho e dou graças a Deus estar vivo, há tanta gente que sofre. Posso não gostar de uma pessoa, mas não tenho raiva a ninguém”.

Já sobre a sua forma de fazer política, recorda que se considera “um republicano por ideologia”: “Sou um presidencialista. Ia à Assembleia cinco vezes em cada mandato, no Orçamento e apresentação do Programa de Governo, não era muito adepto do Parlamento. Mas apesar disso, dos momentos que eu mais adorei foi quando ia ao Parlamento, adorava aquilo, mas por uma questão ideológica e de certo modo estratégica, procurei não ir a um determinado plano de discussão, entendi que era o líder do Governo mas também líder da Região.”

No seu registo sempre habitual e polémico, Alberto João Jardim lançou algumas farpas à  ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) e a CNE (Comissão Nacional de Eleições): “Há uns órgãos que não existem nos países democráticos, uma tal de Comissão de Eleições e uma Entidade para a Comunicação Social, próprios dos países sovietizados. Eu estava-me nas tintas para isso e quando saí do Governo tinha uns processos e o Guilherme Silva é que tem resolvido a minha defesa”.

Sobre o seu lado mais pessoal, e por entre muita emoção, o político acabou por ser surpreendido pelos seus netos. “Sou o mesmo das portas para dentro, a família é muito junta, fazemos férias juntas e temos muitas refeições. Este ano faço 50 anos de casado. Tenho que reconhecer que devo muito à minha família, à minha mulher, consegui um equilíbrio por saber que tinha uma retaguarda. Nem tempo tive de construir a família, isso foi mais da minha mulher. Sinto-me bem dentro da família e reconheço que lhes devo muito. Não sou de baboseiras, mas estou a dizer-lhes isso hoje.”, disse.