Alexandra Lencastre quer fazer uma pausa nas telenovelas, confessa a protagonista de Fascínios.
“Não gostaria de voltar a fazer outra novela tão cedo”, afirmou a actriz quando falava da personagem na série Equador, uma grande aposta da TVI. “Não sei que planos a TVI tem e se me pode integrar como actriz nalguma série ou projecto de ficção. Além disso, gostaria de apresentar um programa, algo que foi falado desde o convite para eu fazer parte da estação.”
A Maria Augusta, personagem de Alexandra Lencastre na série Equador, adaptada do livro homónimo de Miguel Sousa Tavares, foge totalmente aos papéis sensuais que costuma desempenhar.”Ela é uma mulher que está desabituada de ser feminina. É destituída de qualquer sensualidade”, revela a actriz.
“Faço parte do elenco secundário. Tenho um papel pequeno, mas decisivo na recepção do protagonista, Filipe Duarte”, frisa Alexandra, revelando:”Como sei montar a cavalo, não preciso de aulas. O que a produção não previa, mas eu quero é aprender um pouco de crioulo, para dar mais credibilidade à personagem, que é são-tomense, embor afilha de pais portugueses”, adianta Alexandra.
A descrição de Maria Augusta no romance até é “de feições rudes”, especifica a actriz. “Não terei maquilhagem e vou cortar as unhas rentes. Mas adoro mudar!”, refere Alexandra Lencastre, defendendo a importância da “versatilidade dos actores”.
A actriz confessa ter dito a José Eduardo Moniz, director-geral da TVI, “não querer fazer sempre de sedutora, de mãe ou, até, de avó”.
SENSUALIDADE MARCA PAPÉIS
Requinte, elegância e sensualidade têm marcado as personagens interpretadas por Alexandra Lencastre na ficção nacional. Na novela Ninguém como Tu, exibida pela TVI em 2005, a actriz cativou as audiências com o esplendor do desempenho e o requinte do guarda-roupa e da maquilhagem. Nesta produção, Luiza Albuquerque afirmou-se como um marco na dramaturgia da TVI. Em Fascínios, em exibição, Alexandra Lencastre volta a destacar-se pela elegância no papel da vilã Margarida.
Da mesma forma se salientou na série juvenil Ana e os 7, como a governanta bonita e curvilínea que nunca perdeu a pose, mesmo com a difícil tarefa de disciplinar sete irrequietos órfãos. Até em 2006, no papel de Fátima, em Tempo de Viver, com o neto ao colo, a personagem manteve o fulgor e a sensualidade.