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Joaquim Ferreira dos Santos vai ao «Marília Gabriela Entrevista»

A Televisão
5 min leitura

No próximo programa «Marília Gabriela Entrevista», Gabi conversa com o jornalista, colunista e cronista Joaquim Ferreira dos Santos. São quarenta e dois anos de carreira, com passagens pela imprensa como Diário de Notícias, Veja, Jornal do Brasil e O Dia. Atualmente, assina a coluna «Gente Boa» e uma crónica semanal no jornal O Globo.

Durante a entrevista, Gabriela aproveita para elogiar o jeito do convidado ao tratar assuntos sobre as mulheres: «Quando você fala das nossas misérias, das nossas tristezas, dos nossos “vexames”, ainda assim, soa com uma delicadeza impressionante, com uma doçura. Você poderia ser cruel, e não é». Ele explica que tem a vantagem de sempre ter sido cercado por elas: duas irmãs, duas filhas e, também, nas redações. «Sempre trabalhei num tipo de assunto que me aproximava deste segmento. Sempre prestei atenção, fui movido a este interesse pela mulher, esta curiosidade, esta interrogação, este mistério, esta complexidade», disse. Para Joaquim, a mulher é o grande fenómeno dos últimos cem anos: «Tudo o que aconteceu, aconteceu com elas. A grande transformação». Ele ainda cita Xico Sá, Fabricio Carpinejar e Leo Jaime como filósofos, analistas, e grandes conhecedores da alma feminina. «Por mais que eu preste atenção, sou um repórter».

E é com este olhar jornalístico, que o carioca da Vila da Penha lança o livro «Minhas Amigas», que trata sobre as muitas possibilidades do comportamento feminino de mulheres próximas dele. «É uma obra sobre reflexão. Alguém que relata esta mulher que se transforma. Esta mulher nova», define Joaquim. Histórias diferentes, muito particulares e tão comuns ao mesmo tempo. São todas verídicas, só não são integrais, como afirma o próprio autor, que não quer que as personagens sejam identificadas.

Joaquim revela ainda que recebeu telefonemas de amigas (que têm suas histórias narradas na obra), afirmando que se reconheceram pelas páginas do livro. Ele brinca que, na verdade, estavam enganadas e se confundiram. «Em alguns momentos, elas podem parecer louquinhas, doidinhas, mais depressivas, numa TPM muito prolongada, mas o olho é a favor. É positivo. É de alguém que admira, que gosta deste espetáculo».

O convidado, autor de «Leila Diniz – Uma Revolução na Praia», admite que não teria escrito «Minhas Mulheres» sem ter feito a biografia da atriz. «Elas (as personagens do livro) são filhas de Leila. Ela quebrou tabus. Não discursava, queria se feliz». Joaquim ainda reproduz uma das frases polémicas – para a época – da artista: «Posso amar um homem e ir para a cama com outros».

A sua coluna diária no jornal O Globo também é tema do programa. O entrevistado diz que considera a expressão que intitula o espaço muito carioca. «É uma coluna de gente, né? E eu fiquei pensando ‘gente, gente, gente, “Gente Boa”’!». Ele conta que foi chamado para fazer uma coluna de gente e sugeriu um projeto ao seu estilo, já que é, basicamente, um repórter de cidade, de assuntos de cidade, comportamento. «Conheço o Rio de Janeiro, e eu precisava botar isso no jornal. E eu conheci um Rio de Janeiro sem preconceito, o de repórter. Frequento todas as paradas. A vida de repórter te obriga a isso. Você frequenta os ricos e os pobres. E eu dei a ideia de uma coluna que misturasse todo mundo num espaço nobre». «É uma coluna imensa! E você deve ter um trabalho louco para enchê-la todos os dias», comenta Gabi. Joaquim explica que não faz sozinho e tem colaboradores «da pesada», como ele próprio os descreve. «Você recebe muitas informações. O problema é você selecionar. O trabalho é o exercício de dizer não muitas vezes. Porque só através desse não é que você faz a coluna que você quer». Ele completa que tem de tudo: as pessoas que querem muito sair e as que não querem.

O programa vai para o ar hoje, às 22:10, na TV Globo Portugal.

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