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Globo promove evento de debate do jornalismo em Coimbra

Diana Casanova
5 min leitura

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«Este tema não podia ser mais atual para os alunos de jornalismo», referiu Clara Almeida Santos, vice-reitora da Universidade de Coimbra na sessão de abertura do Seminário «Reportagens Especiais: um Novo Jeito de Contar uma História», que decorreu na passada semana no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra e que contou com a presença de jornalistas da GloboNews e da Globo.

Clara Almeida Santos, Ana Teresa Peixinho, Vice-diretora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), e Ricardo Pereira, Diretor da Globo Portugal, deram as boas-vindas a uma sala cheia de estudantes de jornalismo, professores e jornalistas.

«A relação que temos com a Globo é muito importante para a formação dos nossos alunos. Este é o 6º Seminário em que tenho o prazer de trabalhar com a Globo e de facto temos aprendido muita sobre a forma como se faz televisão», referiu Ana Teresa Peixinho. Destacando a forma como hoje somos inundados de informação. Ricardo Pereira, Diretor da Globo Portugal que iniciou a sua carreira no jornalismo, referiu que «o maior desafio da atualidade é distinguir o que é informação fidedigna do que é falso. E por isso o selo de qualidade das grandes marcas e dos grandes nomes do jornalismo serão cada vez mais importantes para fazer essa diferenciação».

André Luiz Azevedo, correspondente da Globo em Portugal, levantou a discussão em torno das questões éticas e legais da atividade jornalística ao apresentar duas reportagens, onde se apresenta a história de vida de Perivaldo, ex-jogador da Seleção Brasileira que se tornou um sem-abrigo nas ruas de Lisboa, e se denuncia um caso ocorrido no Brasil na estação de Madureira, onde os passageiros eram espancados ao entrar no comboio. «A notícia chega de várias formas e eu acho que a minha obrigação como correspondente é transformar a notícia em algo específico e personalizado para o público a quem se destina», referiu André Luiz.

De seguida, a equipa da GloboNews falou um pouco da sua experiência no Núcleo de Reportagens Especiais do canal de televisão de notícias do Brasil e mostrou várias reportagens que ilustram bem o caminho que a GloboNews decidiu seguir há três anos. «Um canal de notícias tem de estar no local onde está a notícia. Por isso, percebemos que tínhamos de mudar a forma como a captamos. Passamos a utilizar equipamentos mais portáteis, investimos em formação e fomos para a rua com paixão e precisão, preparados para tudo», referiu a Diretora da GloboNews, Eugénia Moreyra.

Anna Karina Bernardoni, editora-supervisora da equipa do núcleo de reportagens especiais da GloboNews acrescentou que «o nosso objetivo é sempre sair do óbvio, ter um olhar crítico sobre a realidade e ir além daquilo que é visível. A nossa mais-valia centra-se na versatilidade, agilidade e capacitação do jornalista». Utilizando apenas um smartphone ou uma câmara de pequenas dimensões ou outro equipamento que cabe dentro de uma pequena mochila, muitos dos repórteres da GloboNews têm atualmente um papel multitarefa. «Uma das ideias do núcleo de reportagens especiais é que o jornalista consiga trabalhar sozinho. Seja um one man band», destacou Júlio Molica, um dos jornalistas da GloboNews. Já Antónia Martinho, outra das repórteres presente, relembrou que ao longo destes três anos muitas têm sido as mudanças e os desafios na forma de captar a notícia. «Seja qual for a forma ou o equipamento utilizado, procuramos sempre melhorar a qualidade da reportagem», concluiu a jornalista.

A Seminário que reuniu hoje jornalistas da GloboNews e da Globo, professores e estudantes de jornalista para uma conversa sobre as novas tendências da profissão é fruto da parceria entre a Globo e a Universidade de Coimbra.

Redatora e cronista